Apoiantes da direção elogiam proposta de Seguro, "costistas" querem tudo resolvido até julho
Membros da direção do PS elogiaram o projeto do líder, António José Seguro, para a realização de eleições primárias, mas os apoiantes do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, querem o processo concluído em julho.
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De acordo com fontes tanto da direção do PS, como de apoiantes de António Costa, esta diferença de posições em torno do calendário para a realização de eleições primárias, tendo em vista a escolha do candidato socialista a primeiro-ministro, marcou o início da reunião da Comissão Política Nacional.
Álvaro Beleza, membro do Secretariado Nacional do PS, concordou com as datas propostas por António José Seguro para a realização de primárias, 28 de setembro ou 5 de outubro, preferindo entre estas duas datas o dia da implantação da República em Portugal, pelo seu simbolismo, num momento em que a democracia portuguesa atravessa um momento complexo.
No mesmo sentido pronunciou-se o vice-presidente da bancada do PS António Gameiro, também líder da Federação de Santarém deste partido.
Pelo contrário, o líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Marcos Perestrelo, bem como o ex-secretário de Estado Miranda Calha e o ex-presidente do Governo Regional dos Açores Carlos César defenderam a tese de que o processo de "clarificação" interna dos socialistas deverá ficar concluído até julho.
Carlos César, segundo um membro da Comissão Política, alegou que o país "tem pressa em ter um PS forte, capaz de responder aos seus problemas".