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Paquistão responde e abate dois helicópteros indianos em Caxemira

Helicóptero da Força Aérea indiana acidentado Danish Ismail/REUTERS

O Exército do Paquistão indicou, esta quarta-feira, ter abatido dois helicópteros indianos dentro do seu espaço aéreo, pouco depois de ter sido noticiada uma "breve violação" do espaço aéreo indiano por aviões paquistaneses.

"A força aérea abateu dois helicópteros indianos no espaço aéreo paquistanês. Um deles caiu na Caxemira indiana e o outro na Caxemira paquistanesa", indicou o general Asif Ghafoor, no Twitter, acrescentando que "um piloto indiano foi detido em terra pelos militares".

Pouco antes, foi noticiada uma "violação breve" de aviões paquistaneses no espaço aéreo indiano na região disputada de Caxemira, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), que cita fontes governamentais locais. Esta incursão na linha de cessar-fogo altamente militarizada surge após um "ataque preventivo" da Índia ao Paquistão, na terça-feira.

As autoridades indianas confirmaram ter lançado um ataque aéreo na Caxemira paquistanesa e matado "um grande número" de militantes do grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), que reivindicou o ataque suicida de 14 de fevereiro na Caxemira indiana, que matou mais de 40 paramilitares indianos e que foi o mais mortífero ataque desde 2002 na região.

Reivindicado pelo grupo islâmico JeM, o atentado-suicida foi perpetrado com uma carrinha carregada de explosivos, detonada perto de uma coluna de 78 veículos, transportando cerca de 2500 membros de uma força paramilitar.

A região de Caxemira é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão desde o fim da colonização britânica, em 1947. Uma rebelião separatista mortífera destabiliza a Caxemira indiana desde 1989.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar de forma dissimulada as infiltrações na sua parte do território e a própria revolta armada, o que Islamabad sempre negou.

Na terça-feira, pelo menos seis pessoas foram mortas durante confrontos entre militares indianos e paquistaneses, perto da linha de demarcação das partes da Caxemira sob controlo da Índia e do Paquistão, no setor controlado por este, em Nakyal, de acordo com as autoridades paquistanesas

Redação