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Número de mortos na China sobe para 213, há quase 10 mil pessoas infetadas

Alarme global por causa do coronavírus AFP

A China informou que o número de mortos por causa do novo coronavírus de Wuhan subiu para 213 e o de pessoas infetadas para 9692.

No epicentro do vírus, em Wuhan, na província de Wubei, os números são assustadores. Morreram 204 pessoas e os infetados no território chinês ultrapassam os 5800. Também esta quinta-feira Itália entrou para o mapa dos países infetados, com duas pessoas infetadas. Dois turistas chineses.

Itália é o quarto país europeu a confirmar casos da infeção vírica, depois de França, Alemanha e Finlândia. Há ainda casos a reportar em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos da América, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Índia, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.

Análises adicionais descartam infeção em casal chinês a bordo de navio em Itália

Análises adicionais realizados na quinta-feira, em Roma, capital de Itália, excluíram qualquer presença do novo coronavírus no casal chinês que apresentou sintomas associados a esta infeção e que obrigou a reter milhares de passageiros a bordo de um navio de cruzeiro.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), os 7.000 passageiros que estavam retidos a bordo de um navio da companhia de cruzeiros Costa Cruzeiros no porto de Civitavecchia, uma cidade costeira nas imediações da capital italiana, foram autorizados a desembarcar assim que foram levantadas as suspeitas de contágio do novo coronavírus.

Os testes médicos preliminares realizados ao casal chinês tinham dado negativo à presença da infeção vírica, divulgou o Ministério da Saúde italiano.

Organização Mundial de Saúde opõe-se a restrições de viagens

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública internacional o surto do novo coranavírus na China. Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial. Para a declarar, a OMS considera três critérios: uma situação extraordinária, de risco de rápida expansão para outros países e de resposta internacional coordenada.

Ainda assim, e apesar do alarme, a OMS opôs-se à restrição de viagens, apesar de o surto do novo coronavírus na China ser uma emergência de saúde pública internacional.

"A OMS não recomenda a restrição de viagens, as trocas comerciais e os movimentos [de pessoas] e opõe-se mesmo a todas as restrições de viagens", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, Suíça.

Justificando a declaração de emergência de saúde pública internacional, hoje decidida pela organização, o diretor-geral da OMS disse que a "grande preocupação é a possibilidade de o vírus se propagar a países onde os sistemas de saúde são mais frágeis".

"Não se trata de um voto de desconfiança em relação à China", frisou Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pela agência noticiosa AFP.

Redação