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Passageiros de Hong Kong aterraram nos Açores por não terem percurso de risco

Registo da partida de Hong Kong, no site PlaneFinder DR

Os passageiros do voo proveniente de Hong Kong, que aterrou no sábado em Ponta Delgada, não representam risco para a saúde pública, garantem as autoridades de Saúde Pública dos Açores, esta segunda-feira, em comunicado.

"As autoridades de Saúde Pública dos Açores reafirmam que não existe risco para a saúde pública, tendo em conta as orientações atualmente em vigor para definição de caso suspeito por infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV), relacionado com um voo particular que aterrou sábado, 1 de fevereiro, no Aeroporto de Ponta Delgada", lê-se no comunicado divulgado, esta segunda-feira, pela coordenadora regional de Saúde Pública, Ana Rita Eusébio, e o delegado de saúde de Ponta Delgada, Eduardo Cunha Vaz.

Em causa está um voo privado, com 11 passageiros chineses a bordo e três tripulantes, que aterrou em Ponta Delgada no passado sábado, depois de ter sido rejeitado pela Islândia e no Haiti por suspeitas de contacto com o coronavírus. O voo saiu de Hong Kong no dia 25 de janeiro e teve outras duas tentativas de aterragem recusadas: nas Bahamas e na República Dominicana, apurou o JN. A Direção-Geral da Saúde (DGS) tinha assegurado que o voo havia partido antes do 15 de janeiro, para justificar o período de 14 dias de incubação do novo vírus e, afastando o risco da entrada em Portugal.

Nesse sentido, as autoridades de Saúde Pública dos Açores vieram a público esclarecer que a aterragem foi autorizada em resultado "não só da verificação da origem e escalas da aeronave em causa, mas, sobretudo, da verificação dos percursos dos passageiros e tripulantes nos últimos 14 dias".

E descreve a nota: "de acordo com o plano de voo e os passaportes, verificados presencialmente, a aeronave partiu de Hong Kong, a 25 de janeiro, com três passageiros a bordo, os quais residem em Hong Kong e daí não se tinham ausentado nos 14 dias anteriores a esta viagem".

"De seguida, a aeronave fez escala em Tóquio, onde entraram os restantes oito passageiros. Estes residem no Japão e daí não se tinham ausentado nos 14 dias anteriores à viagem", acrescenta.

As autoridades de Saúde Pública dos Açores sublinham que "nenhum dos passageiros e tripulantes provém de Wuhan, na província de Hubei, na China", epicentro do novo coronavírus.

Ainda em relação aos tripulantes, dois de nacionalidade norte-americana e um de nacionalidade chinesa, não tinham estado, nos 14 dias anteriores à viagem, na cidade de Wuhan.

"Nenhum dos 11 passageiros e dos três tripulantes reunia critérios clínicos e epidemiológicos para definição de caso suspeito", garantem a coordenadora regional de Saúde Pública o delegado de saúde de Ponta Delgada.

JN