Porto

Sala de consumo vigiado no Porto alvo de providência cautelar pela Santa Casa

Sala de consumo vigiado no Porto funcionará 10 horas por dia, sete dias por semana Igor Martins / Global Imagens

A Santa Casa da Misericórdia interpôs uma providência cautelar no âmbito do concurso para a gestão da sala de consumo assistido, no Porto, que foi adjudicado ao consórcio "Um Porto Seguro", liderado pela Agência Piaget para o Desenvolvimento.

Deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, a 25 de janeiro, uma providência cautelar da Santa Casa da Misericórdia do Porto contra a Câmara "relativa a procedimentos de formação de contratos", avançou esta quinta-feira a Lusa, citando informação disponibilizada no portal Citius.

A Santa Casa já tinha anunciado, a 10 de janeiro, que ia contestar a decisão do júri do concurso da sala de consumo assistido do Porto, que elegeu o consórcio "Um Porto Seguro", liderado pela Agência Piaget para o Desenvolvimento, para gerir aquela estrutura, preterindo o projeto da Misericórdia que também concorreu à gestão do espaço.

Tanto a Câmara do Porto como a Santa Casa confirmaram à Lusa a entrada da ação. Esta última diz que não fará comentários "enquanto a justiça não se pronunciar".

Aprovado apoio

Na reunião de Executivo de 10 de janeiro foi aprovada a atribuição de 270 mil euros ao consórcio vencedor do concurso, homologando a decisão do júri, depois de a Santa Casa da Misericórdia ter apresentado uma pronúncia. De acordo com a vereadora com a pasta da Ação Social, Cristina Pimentel, o júri "considerou que não deveria ser tida em consideração".

À data, e antes de dar início à discussão da proposta de financiamento, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, observou que, de acordo com os serviços municipais, não havia razão para suspender a decisão.

"O júri manteve a decisão de que o financiamento fosse adjudicado. O que estamos hoje a fazer é homologar a decisão do júri que vai ter um período de 15 dias para serem apresentadas reclamações. O júri não tinha de responder à pronúncia", acrescentou a vereadora.

Adriana Castro