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UE não pode ser ingénua face à China, defende Charles Michel

Charles Michel Kenzo TRIBOUILLARD / AFP

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defende que a União Europeia "não pode ser ingénua" em relação à China, mas deve evitar o confronto com Pequim.

A União Europeia (UE) "não deve ser ingénua, mas também não pode envolver-se num confronto sistemático com Pequim", disse Charles Michel, esta sexta-feira, na conferência no final do Conselho Europeu, que no segundo dia foi dedicado às relações internacionais, nomeadamente com a China.

Michel disse ainda que a UE se mantém firme na defesa da democracia e das liberdades fundamentais.

Por seu lado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acrescentou que a UE "quer reforçar a capacidade tecnológica e diversificar os fornecedores de matérias-primas, para reduzir a dependência em relação à China".

A líder do executivo comunitário referiu também que o presidente Xi Jinping "continua a reforçar o curso muito assertivo e autossuficiente que a China tomou", ao mesmo tempo que sublinhou que Pequim prossegue a determinação de "estabelecer a dominância da Ásia Ocidental e, globalmente, a sua influência".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou, por seu lado, que fará, em novembro, uma visita oficial à China, a primeira de um líder da UE depois de 2019.

Os líderes da UE reuniram-se na quinta-feira e hoje em Bruxelas, numa cimeira dominada - no primeiro dia - pela crise energética e hoje por questões de relações internacionais.

JN/Agências