A China expressou, esta terça-feira, "preocupação" com o "desenvolvimento da situação atual na Ucrânia", depois de 12 pessoas terem morrido e mais de cem ficarem feridas, na sequência de bombardeamentos russos de várias cidades ucranianas.
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"A China pede às partes envolvidas que resolvam as suas diferenças por meio do diálogo e da consulta", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, em conferência de imprensa.
A porta-voz também expressou a "vontade" da China de "trabalhar com a comunidade internacional" e desempenhar um "papel construtivo na redução das tensões".
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos confirmou que pelo menos 19 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas, apontando que muitos dos bombardeamentos russos atingiram alvos civis, numa violação do direito internacional.
Dados atualizados regularmente pela ONU indicam que a invasão russa da Ucrânia causou já causou a morte de pelo menos 6221 civis e feriu outros 9371.
Desde o início do conflito, a China manteve uma posição ambígua, pedindo respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de segurança de todos os países", referindo-se à Rússia.
Durante uma reunião realizada no Uzbequistão, no mês passado, o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou o homólogo chinês, Xi Jinping, pelo fato de Pequim sempre ter mantido uma "posição equilibrada" sobre o conflito, embora admitindo que a China tem "questões e preocupações".