Justiça

Líder português de um dos maiores grupos de pirataria do mundo foi detido

Netflix foi uma das vítimas de acesso ilegal aos servidores Chris Delmas / AFP

A PJ deteve três pessoas no âmbito do combate à pirataria de filmes e séries, suspeitas de integrar uma rede internacional que lesou a indústria em mais de um milhão de euros com partilha ilegal de conteúdos. O líder da célula em Portugal foi detido.

A investigação estava em curso desde 2022, após empresas como a Disney, a Netflix, a Amazon, entre outras, terem apresentado uma queixa contra a partilha ilegal de produtos audiovisuais protegidos por direitos de autor, tendo chegado a uma rede internacional, que difundia os filmes e séries desde, pelo menos, 2019.

O grupo conhecido como "EVO" retirou os conteúdos dos servidores das vítimas, causando um prejuízo superior a um milhão de euros.

Em causa estão crimes de acesso ilegítimo aos servidores das vítimas, burla informática, branqueamento de capitais, fraude fiscal, crimes contra os direitos de autores, nomeadamente o crime de usurpação, e associação criminosa.

A investigação permitiu localizar os servidores do grupo, que foram desativados com a colaboração do FBI.

Em Portugal foram realizadas buscas domiciliárias e procedeu-se à apreensão de diverso material informático e constituição de três arguidos, por suspeita de pertencerem ao grupo criminoso, cujo líder nacional foi detido, tendo ficado proibido de contactos com os restantes arguidos, de acesso a determinados sites e servidores relacionados e de aquisição de material informático.