Líder do grupo cibercriminoso tem cerca de 30 anos e foi detido pela Polícia Judiciária. Filmes e séries chegaram a ser distribuídos online antes de estrearem oficialmente.
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Um homem de cerca de 30 anos, residente em Portugal e sem profissão conhecida foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de ser o líder de um grupo cibercriminoso que, desde 2019 e a partir de território nacional, pirateou filmes e séries da Disney, Netflix e Warner Bros., entre outras, e os distribuiu ilegalmente online, por vezes até antes de estrearem oficialmente, apurou o JN.
O EVO Release Group tinha centenas de milhares de subscritores por todo o mundo e, segundo a PJ, causou a sete produtoras e distribuidoras norte-americanas "um prejuízo superior a um milhão de euros". A operação contou com o apoio do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos da América.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, a investigação começou há mais de um ano com a apresentação de uma queixa das lesadas contra o EVO. Em maio de 2022, decorreram as primeiras buscas, tendo sido identificado pela PJ um licenciado em Engenharia Informática com um papel importante no seio do grupo, que contaria com programadores na prática dos crimes.
Meio ano mais tarde, foram realizadas novas buscas em território nacional e duas outras pessoas foram identificadas. Com a análise ao material apreendido, a PJ apercebeu-se de que uma delas geria toda a atividade criminosa. Na última semana de março de 2023, o homem foi detido e apresentado a tribunal.
O suspeito saiu em liberdade, proibido de comprar material informático, de aceder a determinados sites e de contactar os restantes arguidos. Além das três pessoas identificadas pela PJ, há outros participantes pontuais no esquema residentes noutros países, cujas autoridades estão a colaborar na investigação.
Em causa está a prática de crimes de acesso ilegítimo, burla informática, branqueamento de capitais, fraude fiscal, usurpação e associação criminosa.
PORMENORES
Servidores nos EUA
Apesar de atuar a partir de Portugal, o grupo tinha servidores nos Estados Unidos da América. Foram desmantelados pelo FBI.
Rumores confirmados
Desde novembro de 2022, quando o EVO parou de transmitir, que havia rumores online de que o grupo fora desmantelado. A suspeita foi agora confirmada pela PJ.