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Novo incêndio em refinaria russa perto da fronteira ucraniana

Refinaria de Ilsky, na região de Krasnodar, próxima da Crimeia, foi alvo de um ataque na quinta-feira EPA/Governo de Krasnodar

Um novo incêndio deflagrou, esta sexta-feira, numa refinaria de petróleo russa perto da Ucrânia que foi alvo de um ataque na quinta-feira, mas as versões das autoridades divergem quanto à origem do fogo.

A agência russa TASS, citando uma fonte dos serviços de emergência, noticiou que o incêndio foi causado por um novo ataque com um drone (aeronave não tripulada), tal como na quinta-feira.

Uma outra fonte dos serviços de emergência disse à agência RIA Novosti que se trata de um reacendimento de produtos petrolíferos que tinham vazado após o ataque na quinta-feira.

A refinaria de petróleo de Ilsky, na região de Krasnodar, próxima da Crimeia e a cerca de 250 quilómetros da costa ucraniana, foi atingida por um drone não identificado na quinta-feira, segundo as autoridades locais.

O ataque provocou um incêndio num dos tanques da instalação petrolífera que foi rapidamente extinto, segundo as autoridades, citadas pela agência francesa AFP.

O incêndio desta sexta-feira também foi dominado rapidamente, "antes da chegada dos bombeiros", informou a delegação local do Ministério das Emergências da Rússia, segundo a agência Interfax.

"Os funcionários da refinaria foram rapidamente retirados. Ninguém ficou ferido", acrescentou.

Nos últimos dias, regiões russas próximas da Ucrânia e da Crimeia (anexada por Moscovo em 2014) foram alvo de ataques com drones e de sabotagens em linhas ferroviárias.

A série de ataques ocorre dias antes das principais celebrações militares da Rússia, em 9 de maio.

Moscovo alegou ter abatido dois drones ucranianos que visavam o Kremlin (presidência), na terça-feira à noite, e alegou que Kiev tentou "assassinar o presidente da Rússia", Vladimir Putin, nas vésperas do desfile de 9 de maio, que assinala a vitória das forças soviéticas contra o regime alemão nazi de Adolf Hitler, em 1945.

A Ucrânia não reivindicou a responsabilidade por nenhum dos ataques, como é habitual, mas o aumento das ações ocorre numa altura em que Kiev afirma ter concluído os preparativos para uma contraofensiva, que tem vindo a planear há semanas.

Num comunicado divulgado na quinta-feira, a Rússia acusou a Ucrânia de desenvolver "atividades terroristas e de sabotagem" sem precedentes em território russo, incluindo o alegado ataque contra o Kremlin.

JN/Agências