Foram divulgadas novas imagens da destruição do submarino Titan, que implodiu em 2023 causando a morte de cinco pessoas. Num novo vídeo obtido pela BBC ouve-se o som do momento da implosão. A investigação aponta uma falha nas fibras de carbono que compunham a embarcação como causa da tragédia.
Um navio de apoio do Titan registou o momento em que o submarino, da Oceangate, se destruiu no Oceano Atlântico. A Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG) investigou o caso durante os últimos dois anos, e os dados apurados vão ser revelados no novo documentário da BBC “Implosion: The Titanic Sub Disaster”, com estreia marcada para a próxima terça-feira.
O Titan era um submarino com capacidade de transportar cinco pessoas até quatro mil metros de profundidade. Em junho de 2023, a embarcação, projetada para avaliar e observar de perto os destroços do Titanic, acabou por implodir na costa da Terra Nova, no Canadá. A bordo do Titan estava o diretor da Oceangate, Stockton Rush, e a companheira, Wendy Rush, encontrava-se no navio de apoio.
Num vídeo agora divulgado pela estação britânica, vê-se Wendy Rush a reagir calmamente ao som do que viria depois a descobrir ser o do momento do desastre. O som, captado a mais de três mil metros de profundidade, despertou a atenção da mulher e da restante tripulação do barco de apoio à viagem. Poucos instantes depois, a companheira do diretor da Oceangate, que viajava em frente ao computador usado para receber informações do submarino, foi notificada por uma mensagem a informar da queda de dois pesos do navio.
As imagens mostram ainda uma fibra de carbono usada na construção da embarcação a começar a desfazer-se um ano antes do incidente. De acordo com a USCG, o Titan nunca tinha sido submetido a uma avaliação de segurança. O corpo principal do submarino, onde se encontravam os passageiros, era feito com fibras de carbono pouco resistentes a pressões elevadas, que acabaram por se separar por completo durante a descida.
“A delaminação no mergulho 80 foi o princípio do fim e todos os que entraram a bordo do Titan, depois desse mergulho, estavam a arriscar a vida”, afirmou Katie Williams, responsável da Guarda Costeira dos EUA.
Os destroços do submarino foram encontrados nas profundidades do Atlântico, bem como objetos pessoais das cinco vítimas mortais. “Desde que a tragédia ocorreu, a Oceangate encerrou permanentemente as operações e concentrou os recursos na cooperação total com as investigações. Seria incorreto dizer mais enquanto aguardamos os relatórios das agências”, divulgou a empresa à BBC.