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Espanha vai acolher 13 crianças doentes de Gaza

O avião médico da Força Aérea já partiu da base aérea de Torrejón de Ardoz (Madrid) com destino a Amã (Jordânia) AFP

Espanha vai receber 13 crianças doentes de Gaza, acompanhadas das respetivas famílias, para que possam receber tratamento em hospitais espanhóis, anunciou esta quarta-feira a ministra da Defesa, Margarita Robles.

O avião médico da Força Aérea já partiu da base aérea de Torrejón de Ardoz (Madrid) com destino a Amã (Jordânia), adiantaram à agência de notícias EFE fontes do Ministério da Defesa.

Este avião médico, um A-400, deve regressar na quinta-feira a Espanha, mais concretamente a Saragoça, de onde as crianças serão transferidas para diferentes hospitais para receberem tratamento.

No avião viajam nove pessoas da Unidade Médica de Aeroevacuação (UMAER) da Força Aérea, entre médicos e enfermeiros.

A ministra da Saúde espanhola, Mónica García, será a responsável por receber as famílias à chegada a Saragoça, referiram à EFE fontes do Ministério da Saúde.

Não é a primeira vez que Espanha, um dos países europeus mais críticos em relação à ofensiva israelita no enclave palestiniano, acolhe crianças de Gaza doentes desde o início do atual conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro de 2023.

"A situação em Gaza é absolutamente terrível, o nível de crueldade demonstrado por [Benjamin] Netanyahu [primeiro-ministro israelita] é absolutamente inaceitável e penso que a comunidade internacional deve reagir", sublinhou Robles, que falava à margem de uma deslocação perto de Madrid.

O Governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, anunciou na segunda-feira que ia lançar 12 toneladas de alimentos sobre Gaza ao longo da semana, quando a fome afeta o território palestiniano, de acordo com a ONU.

Esta guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, que causou a morte de pelo menos 1.200 pessoas, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse realizada a partir de dados oficiais, além de mais de duas centenas de reféns.

As represálias de Israel desde então causaram mais de 60.000 mortes na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, que não faz distinção entre civis e combatentes, e cujos dados são considerados fidedignos pelas Nações Unidas.

JN/Agências