Consultório de Finanças Pessoais, por Cristina Judas (@cristy.judy), especialista em educação financeira infantil
Como adaptar o ensino de finanças para crianças de diferentes faixas etárias?
Ana F.
A educação financeira deve ser um processo contínuo, adaptado às capacidades cognitivas de cada faixa etária. Crianças pequenas precisam de abordagens mais simples e visuais, enquanto os pré-adolescentes e adolescentes já podem lidar com conceitos mais complexos, como orçamento e investimento. Essa adaptação é crucial para garantir que a aprendizagem seja eficaz e significativa em cada etapa do desenvolvimento.
O principal desafio é justamente encontrar a forma de traduzir conceitos financeiros complexos numa linguagem acessível para os mais novos, sem perder a essência da informação. Muitos pais e educadores sentem-se despreparados para ensinar temas como investimento ou planeamento a crianças e adolescentes, o que pode gerar confusão ou desinteresse. Essa dificuldade de adaptação pode comprometer o desenvolvimento de uma literacia financeira sólida desde a infância.
A solução passa por utilizar recursos didáticos apropriados, como jogos educativos, histórias ilustradas e atividades interativas. Para crianças menores, atividades que envolvam contagem de moedas e a criação de metas simples são ideais; já para os mais velhos, simulações de orçamento e discussões sobre escolhas de consumo podem ser mais eficazes. Com a abordagem e método certo, é possível construir uma aprendizagem progressiva e consistente, que respeite as particularidades de cada idade.
*A NM tem um espaço para questões dos leitores nas áreas de Direito, jardinagem, Saúde, finanças pessoais, sustentabilidade e sexualidade. As perguntas para o Consultório devem ser enviadas para o email magazine@noticiasmagazine.pt