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Atiradora de Minneapolis estava "obcecada com a ideia de matar crianças"

Duas crianças morreram no ataque a uma igreja numa escola católica em Minneapolis Foto: Craig Lassig / EPA

A atiradora que abriu fogo contra uma igreja cheia de estudantes em Minneapolis estava "obcecada com a ideia de matar crianças", declararam as autoridades, na quinta-feira, ao investigar o motivo do ataque no qual dois menores morreram e 18 pessoas ficaram feridas.

A agressora, uma jovem de 23 anos que se identificava como mulher transgénero e que mudou legalmente o nome em 2020, disparou através das janelas da Igreja da Anunciação, na maior cidade do estado de Minnesota, enquanto dezenas de jovens estudantes participavam, na quarta-feira, numa missa para celebrar a primeira semana de regresso às aulas, no mais recente massacre que abala os Estados Unidos. A atiradora, que cometeu suicídio, deixou um manifesto, vídeos online e centenas de páginas escritas que os investigadores estão a analisar em busca de um motivo.

"A atiradora expressou ódio contra quase todos os grupos imagináveis", incluindo mexicanos, cristãos e judeus, disse o procurador interino de Minnesota, Joseph Thompson, em conferência de imprensa. "O coração da atiradora estava cheio de ódio". O único grupo que a agressora não odiava eram "os atiradores escolares e assassinos em massa mais notórios da história do nosso país", que a suspeita "idolatrava", segundo Thompson. Em particular, "estava obcecada com a ideia de matar crianças".

O FBI reuniu provas "que demonstram que isto foi um ato de terrorismo interno motivado por uma ideologia cheia de ódio", escreveu o diretor, Kash Patel, na rede social X (antigo Twitter), na quinta-feira.

Duas crianças, de oito e dez anos, morreram nos bancos da igreja durante o ataque, enquanto o número de crianças feridas subiu para 15, informou o chefe de polícia da cidade, Brian O"Hara, em conferência de imprensa. Também ficaram feridas três pessoas com mais de 80 anos. Uma criança está em estado crítico e um idoso está em condição grave sob cuidados médicos na clínica Hennepin, disse o diretor-executivo interino do hospital Thomas Klemond aos jornalistas.

A polícia encontrou centenas de cartuchos de espingarda na cena do crime, assim como um cartucho que parece ter ficado preso numa pistola.

AFP