Sporting com o melhor saldo, no mercado de transferências. Benfica um pouco acima nas compras. F. C. Porto e Braga recordistas, gastam mais do que recebem.
O mercado de transferências fechou em Portugal, com o último dia a confirmar o apetite pelas compras que marcou o verão negocial da bola. F. C. Porto e Braga investiram como nunca, o Benfica, mesmo sem bater recordes, também foi mais comprador do que vendedor e só o Sporting contrariou a tendência, muito à custa da melhor venda da Liga, com a saída de Gyokeres para o Arsenal, por 65,8 milhões de euros.
Entre compras e vendas, o Sporting foi o único dos quatro grandes a ter saldo positivo, de 55,2 milhões. Mesmo assim, para o fim, a SAD leonina guardou a concretização do namoro antigo com o avançado grego Ioannidis (Panathinaikos), selado por 22 milhões, ligeiramente abaixo do máximo investido (Luis Suárez, 22,2 milhões) e, segundo o jornal "O Jogo", garantiu a cedência de Jota Silva (Nottingham Forest), por 4,5 milhões, com opção de 15,5 milhões. A época mais gastadora dos leões continua a ser a de 2023/24 (75,4 milhões) e ao nível de vendas a atual só é inferior ao pecúlio de 2022/23 (139,1 milhões).
Já o Benfica, que no último dia foi buscar o extremo belga Lukebakio ao Sevilha, por 20 milhões, investiu mais 8,5 milhões do que o volume de vendas registado. As águias passaram os três dígitos nas compras (105,5), com realce para os 27 milhões aplicados no médio colombiano Richard Ríos (ex-Palmeiras), mas ainda aquém dos 115 milhões investidos em 2020/21, o mais alto valor de sempre em compras. Já nas vendas, a saída de Álvaro Carreras para o Real Madrid (50 milhões), foi o mais alto negócio do clube nesta época, mais de metade do total arrecadado.
O F. C. Porto prometera investir como nunca e concretizou a "ameaça", superando os 94 milhões, acima dos 68,7 milhões da época passada, enquanto o volume de vendas rondava os 78 milhões, ditando um saldo negativo de cerca de 17 milhões. No último dia chegou o defesa - central e esquerdo - polaco Jakub Kiwior, cedido por uma época pelo Arsenal, com taxa de empréstimo de dois milhões e opção fixada em 17 milhões.
Quanto ao Braga, o fim do mercado não trouxe novidades sobre aquisições, mas os minhotos já haviam batido o recorde interno, com 28,5 milhões investidos em reforços, superando a época anterior (22,7), com realce para o avançado espanhol Pau Víctor (ex-Barcelona), comprado por 12 milhões, a maior compra de sempre dos guerreiros. A nível de vendas, o clube ficou-se pelos 9,9 milhões, sendo a mais elevada a de Roberto Fernández (6,2 milhões), que foi para o Espanhol. Um valor abaixo do que a SAD assegurara em épocas anteriores, bastando referir que há um ano arrecadara 61,2 milhões. No saldo final de compras e vendas, os minhotos registam uma perda de cerca de 18 milhões.
O volume global de vendas na Liga foi o mais alto de sempre (352 milhões), superando os 274 milhões de 2024/25. Números que carecem de atualização final, pois à hora do fecho desta edição a Liga ainda não revelara alterações concluídas até à meia-noite.