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O meu objeto. O cavaquinho de Pedro Pinheiro

Pedro Pinheiro é um dos fundadores e músicos da Orquestra Bamba Social, que organiza Casa de Bamba, encontros com roda de samba e chorinho. A próxima sessão é a 13 e 14 de setembro no Jangal Gastro Bar, no Porto

O cavaquinho é o companheiro de vida do fundador e músico da Orquestra Bamba Social.

"O cavaquinho brasileiro é um amigo e companheiro de vida. Como bom amigo que é, está sempre presente em qualquer momento e ocasião. Tem o dom de ser um elixir da juventude, pois ao primeiro acorde brota um sorriso, tal como numa criança que fica feliz por chutar uma bola. O samba tem essa alquimia de transformar o quotidiano em alegria e esperança, sendo o cavaquinho o seu embaixador.

Surgiu na minha vida no início dos anos 2000, quando o meu grande amigo Filipe Deniz, em viagem, me trouxe um cavaquinho do Brasil e sugeriu ouvir um disco de Bezerra da Silva. Foi a minha introdução ao samba e aí iniciei o meu percurso nesse mundo. Em 2009, fiz a primeira viagem sozinho ao Rio de Janeiro, onde passei um mês e mergulhei mais no maravilhoso universo do samba. Na verdade, a minha ligação com o Brasil começou quando era bem pequeno, nos discos de bossa nova que a minha mãe ouvia e, quando dava algo ligado ao Brasil na televisão, parava de brincar e ia para o colo da minha avó Lucinda fascinado.

Hoje, sou um privilegiado por poder ter o cavaquinho e o samba como ofício, junto à maravilhosa Orquestra Bamba Social, da qual faço parte. Costumo dizer que não fui eu que escolhi o cavaquinho, foi o cavaquinho que me escolheu. A ele, meu amigo cavaquinho, eterna gratidão pelo seu companheirismo e alegria."


Pedro Pinheiro
Músico, compositor
45 anos

Sara Dias Oliveira