Mundo

Homem confessou falsamente assassinato de Charlie Kirk para ajudar atirador a fugir

Zinn está detido por obstrução da justiça e posse de material de abuso sexual infantil Foto: X

Um homem de 71 anos que foi detido momentos após o assassinato de Charlie Kirk admitiu às autoridades norte-americanas que tentou ajudar o suposto atirador a escapar, fingindo uma confissão.

Segundo o xerife do Condado do Utah, Michael Smith, George Zinn explicou que "gritou que era o atirador para permitir que o verdadeiro suspeito fugisse". Zinn "gritou intencionalmente que era o atirador e, ao fazer isso, impediu que a polícia se concentrasse no atirador real", lê-se num comunicado citado pela emissora britânica BBC.

"Eu disparei contra ele, agora disparem contra mim", gritou o homem, segundo documentos judiciais. Quando um agente da polícia perguntou onde estava localizada a arma usada no tiroteio, respondeu: "Não vou dizer".

Zinn não parece ter conspirado com o atirador, mas Tyler Robinson, o principal suspeito do assassinato, pareceu reconhecer a detenção do homem numa mensagem enviada ao colega de quarto, dizendo que a polícia tinha "apanhado um velho louco".

O homem de 71 anos foi uma das duas pessoas que a polícia deteve para interrogatório depois de Charlie Kirk ter sido morto a tiro na Universidade de Utah Valley a 10 de setembro. Mais tarde, as autoridades determinaram que os dois suspeitos não estavam envolvidos no assassinato.

Zinn está detido por obstrução da justiça e foi também acusado de posse de material de abuso sexual infantil, já que as autoridades encontraram mais de 20 imagens de crianças "em vários estágios de nudez e poses sexuais". Na segunda-feira, um juiz ordenou que Zinn fosse mantido preso sem direito à fiança, considerando-o um "perigo substancial" para a comunidade.

De acordo com o "The New York Times", Zinn é conhecido entre os organizadores de eventos públicos em Salt Lake City, onde compare frequentemente "com a intenção de interromper o evento ou questionar um palestrante de destaque". Além disso, tem um longo histórico de crimes menores, incluindo uma detenção em 2013 por enviar um e-mail ameaçador aos anfitriões da Maratona de Salt Lake City poucos dias após o atentado à Maratona de Boston.

Redação