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Vítimas de abusos sexuais na Igreja vão protestar contra silêncio e demora nas compensações

Vítimas lamentam demora nas indemnizações e a ocultação do "parecer elaborado sobre si e a sua vida" Arquivo

A associação de vítimas de abuso sexual na Igreja Católica em Portugal decidiu marcar um protesto para o dia 27 de setembro, às 15 horas, junto às escadarias da Assembleia da República, em Lisboa, para contestar a demora nas compensações.

Citado pelo jornal "Público", António Grosso, um dos fundadores da Coração Silenciado, explicou que a manifestação visa pressionar a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) a acelerar os processos de indemnização. Além disso, as vítimas pretendem mostrar desagrado pelo facto de lhes ter sido ocultado "o parecer elaborado sobre si e a sua vida".

Em declarações ao mesmo jornal, a coordenadora do Grupo Vita, Rute Agulhas, assegurou que haverá uma fundamentação da decisão relativa à compensação que será comunicada a cada vítima.

Em comunicado, a associação lamentou ainda "o facto de a Comissão de Fixação das Compensações Financeiras não ter sequer iniciado os trabalhos a 1 de setembro - como prometido". A CEP afirmou ao "Público" que os detalhes quanto ao grupo que vai analisar, caso a caso, os valores das indemnizações serão anunciados "nos próximos dias".

Redação