Rui Costa viu as contas serem chumbadas, apesar do lucro de 40,7 milhões. Reunião magna muito quente, com insultos e pancadaria, teve de ser interrompida. Luís Filipe Vieira assobiado.
Os sócios do clube encarnado chumbaram o Relatório e Contas, que apresentou um lucro de 40,7 milhões de euros, numa assembleia geral muito quente, com pancadaria e insultos na plateia. O presidente Rui Costa acabou por ser um dos visados, depois de um discurso de "mea culpa".
"Apesar dos esforços que empreendemos para dotar as equipas dos meios necessários para vencer, ficámos aquém do pretendido. No futebol, (...) não alcançámos os resultados que desejávamos". Mais do que o documento, com contas positivas, os sócios disseram "não" ao rumo da equipa de futebol, apesar da chegada de José Mourinho. Num universo de 1188 votantes, 63,49% mostraram-se contra o documento e 36,51% a favo. Mas, na prática, o chumbo não apresenta consequências para a direção.
Luís Filipe Vieira, antigo presidente e candidato às eleições, agendadas para 25 de outubro, protagonizou um momento quente. Quando se preparava para falar, foi assobiado e vaiado durante largos minutos, que, a seguir, se traduziram em empurrões e pancadaria entre fações, episódio que obrigou o presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG), José Pereira da Costa, a suspender os trabalhos. Mais tarde, Vieira conseguiu, finalmente, falar e apelou à união: "Não podemos estar divididos, neste momento".
Já Noronha Lopes pediu tranquilidade: "Não é admissível que um sócio seja impedido de falar, independentemente das divergências". Os outros candidatos João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho marcaram, igualmente, presença.
Ficou ainda a saber-se que se houver segunda volta nas eleições irá acontecer no dia 8 de novembro.