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UE solidária com Reino Unido contra antissemitismo após ataque em Manchester

Costa disse estar "profundamente triste com o violento ataque numa sinagoga em Manchester" Iakovos Hatzistavrou/AFP

A União Europeia (UE) está solidária com o Reino Unido contra o antissemitismo, após um ataque a uma sinagoga que fez pelo menos dois mortos.

"Somos solidários contra o antissemitismo e todas as formas de ódio", divulgou o presidente do Conselho Europeu, António Costa, nas redes sociais, sublinhando estar "profundamente triste com o violento ataque numa sinagoga em Manchester [Reino Unido] hoje, no Yom Kippur - o dia mais sagrado do calendário judaico".

Pelo menos duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas, esta quinta-feira, quando um carro foi conduzido contra fiéis e um homem esfaqueado à porta de uma sinagoga em Manchester.

A polícia disse ter abatido o presumível agressor, embora não haja ainda confirmação oficial da sua morte.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, regressou mais cedo da cimeira anual da Comunidade Política Europeia, em Copenhaga, anunciando reforço policial junto às sinagogas em todo o país.

Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu um "combate ao antissemitismo em todas as suas formas" após o "chocante ataque" em Manchester.

"Os meus pensamentos estão com as vítimas, as suas famílias e a comunidade judaica do Reino Unido após o violento ataque a uma sinagoga em Manchester", escreveu a líder do executivo comunitário numa publicação na rede social X.

"O facto de este ataque ter ocorrido no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, torna-o ainda mais chocante. Temos de continuar a combater o antissemitismo em todas as suas formas", adiantou Ursula von der Leyen.

Também através do X, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, afirmou estar "chocada com o ataque a uma sinagoga em Manchester no dia do Yom Kippur".

"Não pode haver lugar para o ódio, o antissemitismo e o extremismo nas nossas sociedades", referiu a líder da assembleia europeia.

Já a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, considerou no X que "o ataque deliberado em Manchester contra fiéis inocentes numa sinagoga no Yom Kippur é totalmente assustador".

"Ódio, antissemitismo e violência não têm lugar em nossa sociedade", salientou.

"Particularmente hediondo"

No mesmo sentido, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o "ataque terrorista" mortal junto a uma sinagoga em Manchester e considerou "particularmente hediondo" que tenha acontecido no dia mais sagrado do calendário judaico.

Em comunicado, Guterres admitiu estar profundamente preocupado com o "aumento alarmante do antissemitismo" em todo o mundo e sublinhou a necessidade urgente de combater o ódio e a intolerância em todas as formas.

"O secretário-geral condena veementemente o ataque terrorista mortal de hoje a uma sinagoga em Manchester, no Reino Unido. Os locais de culto são locais sagrados onde as pessoas podem encontrar paz", referiu o comunicado divulgado pelo gabinete do porta-voz de António Guterres. "Atacar uma sinagoga no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, é particularmente hediondo", frisou.

António Guterres manifestou solidariedade para com a comunidade judaica e pediu que os responsáveis sejam levados à justiça.

JN/Agências