Duas pessoas morreram e três ficaram feridas, nesta quinta-feira de manhã, junto a uma sinagoga em Manchester, Reino Unido. O atacante, que terá usado um carro e uma faca para o atentado, morreu baleado pela polícia. A brigada de explosivos foi chamada ao local.
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Segundo as BBC, os relatos iniciais davam conta de um carro a dirigir-se contra pessoas, junto à Heaton Park Hebrew Congregation Synagogue. Pelo menos uma das vítimas foi também esfaqueada e, entre os feridos, está um segurança da sinagoga.
#INCIDENT | We"re responding to an incident outside a synagogue on Middleton Road in Manchester.
- Greater Manchester Police (@gmpolice) October 2, 2025
A polícia foi alertada para o incidente às 9.31 horas e os paramédicos estavam a tratar "quatro membros do público com ferimentos causados tanto pelo veículo como por facadas", disse a polícia no X. Mais tarde, confirmou que dois deles morreram na sequência dos ferimentos sofridos.
O suspeito foi baleado e "acredita-se que esteja morto", revelou a Polícia de Manchester.
Starmer "horrorizado"
O incidente ocorreu no feriado judaico do Yom Kippur e dias antes do segundo aniversário dos ataques de 7 de outubro de 2023 contra Israel. O primeiro-ministro, Keir Starmer, disse estar "chocado com o ataque" e um responsável político do Reino Unido confirmou que o governante regressaria mais cedo das conversações com a UE, na Dinamarca. "O facto de ter ocorrido no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, torna-o ainda mais horrível", acrescentou.
"Os meus pensamentos estão com os entes queridos de todos os afetados e os meus agradecimentos vão para os serviços de emergência e para todos os socorristas."
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O presidente da Câmara de Manchester, Andy Burnham, disse à BBC que a cidade estava a lidar com um incidente grave. "Ao mesmo tempo, posso garantir que o perigo imediato parece ter passado e que a GMP (polícia) lidou com a situação muito rapidamente, com um apoio extraordinário dos membros do público e da segurança no local", afirmou.
Agentes armados foram destacados para o local às 9.34 horas, respondendo a relatos de membros do público de que um segurança tinha sido atacado com uma faca. Burnham pediu às pessoas para "não especularem nas redes sociais" sobre o atentado, enquanto observou que a comunidade judaica "ficará muito preocupada com as notícias".

"Dia mais sagrado dos judeus"
"A nossa prioridade é garantir que as pessoas recebam a ajuda médica de que necessitam o mais rapidamente possível", afirmaram os serviços de ambulância. A polícia de Manchester referiu que tinha ativado a Operação Plato, a orientação da polícia nacional do Reino Unido para responder a um "ataque terrorista em massa".
A operação envolve um esforço coordenado de várias agências para combater um incidente que envolva atacantes que representem uma ameaça imediata e generalizada à vida.
O Community Security Trust (CST), uma instituição judaica que regista incidentes antissemitas, afirmou que estava "a trabalhar com a polícia e a comunidade judaica local" na sequência do incidente.
"Parece ser um ataque terrível no dia mais sagrado do ano judaico", acrescentou a CST, agradecendo aos agentes da polícia e à segurança da sinagoga que "responderam imediatamente para lidar com o incidente".
Rei consternado
O Rei britânico, Carlos III, manifestou hoje consternação pelo ataque na sinagoga em Manchester. "A minha mulher e eu estamos profundamente chocados e tristes por saber do terrível ataque em Manchester, especialmente num dia tão significativo para a comunidade judaica", disse o monarca britânico, em comunicado.
Carlos III acrescentou que os seus "pensamentos e orações" estão com todos os afetados, agradecendo "a rápida resposta dos serviços de emergência" ao incidente, durante o qual o atacante foi baleado pela polícia.