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Manuela Moura Guedes ataca Cotrim Figueiredo após elogios na TVI

Manuela Moura Guedes responsabiliza Cotrim Figueiredo pela saída da TVI Fotos: Direitos reservados e Artur Machado

Após a presença de João Cotrim Figueiredo no programa "Dois às 10", Manuela Moura Guedes acusou-o de a ter obrigado a rescindir contrato com a TVI. O candidato à Presidência da República respondeu em comunicado, negando subserviência aos acionistas e esclarecendo a gestão da situação.

João Cotrim Figueiredo, candidato à Presidência da República, ex-líder e atual eurodeputado da Iniciativa Liberal, marcou presença no programa "Dois às 10", da TVI, onde recebeu elogios de Cristina Ferreira. "O João foi das poucas pessoas que sabia o nome de toda a gente e cumprimentava a empregada de limpeza pelo nome até ao diretor mais poderoso desta casa. Parece simples, mas diz muito dele", afirmou a apresentadora.

Apesar dos elogios, nem todos ficaram impressionados. Manuela Moura Guedes reagiu nas redes sociais, acusando o candidato de a ter obrigado a rescindir contrato com a TVI, quando dirigia o "Jornal Nacional".

Polémica nas redes

"Uma pena é o Dr. Cotrim ter sido um pau-mandado dos espanhóis e ter mandado a liberdade de imprensa para as urtigas", escreveu a jornalista. Para Moura Guedes, "a voz do dono falou mais alto do que os princípios e a boa gestão", lembrando que, numa noite de domingo, foi obrigada a assinar a rescisão "sem qualquer representante da TVI presente".

Horas depois, o candidato respondeu, em comunicado, explicando que, quando assumiu o cargo de diretor-geral da TVI, em abril de 2010, Manuela Moura Guedes já se encontrava de baixa médica desde setembro de 2009. "Foi-me transmitido que não estavam reunidas condições mínimas para o regresso da jornalista, facto que considerei no processo de rescisão contratual", afirmou.

Cotrim Figueiredo frisou que "nunca houve qualquer subserviência aos acionistas espanhóis" e que deixou a TVI por incompatibilidade com os mesmos. O candidato recordou ainda que, na altura, Moura Guedes chegou a elogiar "a forma humana como geriu a sua saída, considerando as circunstâncias pessoais e profissionais em que se encontrava".

Sara Oliveira