Justiça

Rede luso-espanhola usava armazém no Seixal para guardar seis toneladas de haxixe

Seis toneladas de droga foram apreendidas Foto: Direitos reservados

Uma organização criminosa, constituída por portugueses e espanhóis, abastecia os bairros da Grande Lisboa com haxixe que ia buscar a Marrocos, em lanchas rápidas. Neste fim de semana, a rede foi desmantelada pela PSP, numa operação concluída com a apreensão de seis toneladas de droga, duas narcolanchas, cerca de meio milhão de euros em notas e várias armas de fogo. Sete traficantes foram detidos.

Entre estes estão cinco portugueses e dois espanhóis, todos elementos da rede que, há largos meses, fazia viagens regulares a Marrocos para adquirir grandes quantidades de haxixe.

Neste país do Norte de África, a droga era carregada para lanchas rápidas que, depois, subiam o rio Tejo até à freguesia de Corroios, no Seixal. Aqui, os fardos de haxixe eram escondidos em carrinhas e transportados até a um armazém, que servia de base à organização e a partir do qual a droga era distribuída. A maioria ia para bairros de Lisboa, mas há a suspeita de que parte do haxixe tivesse como destino Espanha.

PSP fez buscas durante três dias

Uma investigação da PSP, que se prolongou pelos últimos meses, recolheu indícios sobre o modo de funcionamento da organização, a identidade dos seus principais membros e a localização dos espaços usados para guardar a droga. A informação acumulada permitiu que, nos últimos três dias, os polícias da Divisão de Investigação Criminal realizassem buscas em diversos locais da Área Metropolitana de Lisboa, inclusive nos concelhos do Seixal e Palmela.

Era no primeiro destes municípios que estava localizada a base do grupo criminoso. Na busca ao armazém, a PSP apreendeu a maior parte das seis toneladas de haxixe, duas lanchas rápidas usadas para transportar a droga, cerca de 500 mil euros em dinheiro e várias armas.

No mesmo local, foram detidos dois membros da rede, enquanto os restantes suspeitos foram surpreendidos nas suas próprias habitações, espalhadas por diferentes localidades da Grande Lisboa.

Roberto Bessa Moreira