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França vai reforçar segurança de locais culturais após roubo no Louvre

A instituição, no centro da capital de França, vai manter-se encerrada hoje Foto: Julien de Rosa / AFP

O ministro francês da Administração Interna, Laurent Nuñez, vai reforçar medidas de segurança em todos os estabelecimentos culturais, anunciou hoje a assessoria, após um roubo de jóias no Museu do Louvre, em Paris.

A decisão foi tomada após reunião com a sua colega de governo com a pasta da Cultura, Rachida Dati, adiantou a mesma fonte ministerial, citada pela agência noticiosa francesa AFP.

A instituição, no centro da capital de França, vai manter-se encerrada hoje, um dia após um grupo, ainda a monte, ter conseguido roubar múltiplas obras de arte de joalharia.

"O Museu do Louvre vai permanecer fechado hoje por razões excecionais. Todas as reservas para a data de hoje vão ser reembolsadas. Pedimos desculpa pelo incómodo", pode ler-se numa mensagem publicada no sítio oficial da Internet daquele museu.

Um grupo de quatro homens roubou joias no domingo de manhã, em poucos minutos e quando o museu já estava aberto e com visitantes no interior, utilizando uma máquina empilhadora, estacionada na respetiva margem do rio Sena, e fazendo-a subir até à altura de uma janela do primeiro andar do edifício.

O grupo levou oito peças "de inestimável valor patrimonial", entre as quais a tiara da imperatriz Eugénia (mulher de Napoleão III, imperador de 1852 a 1870) e dois colares, informou no domingo o Ministério da Cultura francês.

Só aquela jóia tem 212 pérolas e 1998 diamantes, de acordo com a descrição do Louvre, enquanto as peças pertencentes à rainha Maria Amélia contam com múltiplas safiras e centenas de diamantes.

Este museu parisiense é o maior e mais visitado do Mundo, com nove milhões de pessoas a apreciarem parte das 35.000 obras que a instituição aloja, nos seus 73 mil metros quadrados de espaço.

Como recordou a agência noticiosa norte-americana AP, o Louvre tem uma longa história de roubos, consumados e tentados: "O mais famoso deu-se em 1911, quando a Mona Lisa (pintura a óleo, também conhecida por "La Gioconda", e atribuída ao toscano e figura máxima do Renascimento, Leonardo da Vinci) desapareceu da respetiva moldura.

O incidente foi atribuído a Vincenzo Peruggia e a obra-prima foi recuperada dois anos depois, em Florença.

JN/Agências