Francisco Pinto Balsemão, antigo primeiro-ministro e empresário da comunicação social, morreu aos 88 anos. O velório no Mosteiro dos Jerónimos reúne familiares, amigos e figuras públicas, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro e antigos líderes políticos.
Um dia depois da notícia da sua morte, o velório de Francisco Pinto Balsemão começou oficialmente ao final da tarde, às 18.30 horas, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, reunindo familiares, amigos e figuras públicas da política, dos média e das empresas.
A urna com o corpo do antigo primeiro-ministro e empresário da comunicação social chegou ao local às 16.45 horas, coberta pela bandeira portuguesa e acompanhada por cadetes, três de cada lado. Foi colocada na nave central do Mosteiro, onde se realizou uma primeira fase exclusiva para a família se despedir do ente querido.
Logo após a entrada da urna, chegou a viúva Mercedes Pinto Balsemão, companheira de toda a vida e grande amor do fundador da SIC, visivelmente emocionada. Depois, foram chegando os familiares mais próximos, incluindo os filhos e netos, que cumprimentaram discretamente os presentes mais próximos, num momento reservado e íntimo.
Bastante comovido, Francisco Pedro Pinto Balsemão, CEO do grupo Impresa, não tardou a chegar, acompanhado da irmã Mónica Balsemão, que esteve sempre próxima da filha Marta Balsemão. A família tem-se mostrado sempre muito unida na dor.
Pouco depois, juntou-se o apresentador e diretor de programas da SIC, Daniel Oliveira, acompanhado da mulher, Andreia Rodrigues.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, esteve no Mosteiro dos Jerónimos durante cerca de dez minutos antes da chegada do presidente da República e do líder do PSD. Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro chegaram juntos, no mesmo carro, perto das 19 horas, sem prestarem declarações à comunicação social. Mais tarde, Montenegro falou ao país, recordando como Francisco Pinto Balsemão deixou valores que ainda hoje moldam a identidade e a matriz ideológica do PSD.
A jornalista Clara Ferreira Alves foi outra presença notada. O general Ramalho Eanes, antigo presidente da República, marcou também presença, destacando a papel de Pinto Balsemão na "conquista da democracia, liberdade e independência da comunicação social".
Em declarações à SIC a partir do Mosteiro dos Jerónimos, o humorista Ricardo Araújo Pereira recordou e reforçou a ideia de "liberdade" que Francisco Pinto Balsemão deixa como legado.
Francisco Pinto Balsemão foi um dos fundadores do PSD, tendo liderado o partido entre 1980 e 1983, e chefiado o VII e VIII governos constitucionais. Fundador do "Expresso" em 1973 e da SIC em 1992, foi descrito pelo grupo Impresa como uma figura maior na defesa da liberdade e um apologista intransigente da liberdade de imprensa e de expressão.
O Governo decretou dois dias de luto nacional. A missa fúnebre terá lugar amanhã, às 13 horas, também no Mosteiro dos Jerónimos, presidida pelo Cardeal Patriarca Emérito de Lisboa, D. Manuel Clemente.