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Seis suspeitos de narcotráfico mortos em novo ataque dos EUA nas Caraíbas

Secretário da Defesa não especificou o local exato do ataque Foto: Conta do X de Pete Hegseth / AFP

Um ataque norte-americano contra um barco de supostos narcotraficantes, realizado na noite passada nas Caraíbas, matou seis homens, anunciou o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth.

"Sob ordens do presidente (Donald) Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque letal contra um barco utilizado pelo Tren de Aragua", escreveu Pete Hegseth na rede social X.

Em setembro, Trump mudou o nome do Departamento de Defesa (Pentágono) para Departamento de Guerra, mas, para já, é uma designação secundária oficial.

O secretário da Defesa norte-americano lembrou que o grupo venezuelano Tren de Aragua é classificado pelos Estados Unidos como uma organização terrorista. "Seis narcoterroristas estavam a bordo do barco durante o ataque e foram mortos", acrescentou Hegseth.

O secretário da Defesa não especificou o local exato do ataque nem se houve apoio de forças aliadas na operação.

O ritmo dos ataques contra embarcações suspeitas de estarem ligadas ao tráfico de droga aumentou nos últimos dias e dois dos ataques desta semana foram também realizados no Pacífico Leste, alargando a área em que os militares norte-americanos atuam.

Num vídeo a preto e branco de 20 segundos do ataque, divulgado nas redes sociais e citado pelas agências internacionais, é visível um pequeno barco aparentemente parado na água quando um projétil desce sobre ele, ocorrendo uma explosão.

O momento atual é de crescente tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, que mantêm uma presença naval no mar das Caraíbas, perto das águas venezuelanas, sob o argumento de combater o narcotráfico.

Em reação às manobras norte-americanas, Caracas tem afirmado que se trata de uma "ameaça" para promover uma "mudança de regime" e "apropriar-se" dos recursos do país, como o petróleo.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira que notificará o Congresso dos Estados Unidos (EUA) caso decida levar as operações contra o narcotráfico "para o terreno", ou seja, para ações terrestres, considerando tratar-se de "uma questão de segurança nacional".

JN/Agências