O secretário norte-americano da Defesa, Pete Hegseth, anunciou este sábado que três "narcoterroristas" foram mortos num novo ataque contra uma embarcação alegadamente dedicada ao tráfico de drogas nas águas do Caribe.
O responsável pela Defesa dos Estados Unidos anunciou através da rede social X que, "por ordem do presidente [Donald] Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque letal contra outra embarcação de tráfico de drogas, operada por uma Organização Terrorista Designada [DTO, na sigla em inglês] no Caribe".
A embarcação era conhecida "pelos nossos serviços de inteligência pela participação no contrabando ilícito de narcóticos, transitava por uma rota conhecida de tráfico de drogas e transportava estupefacientes", acrescentou o governante, que hoje viajou da Malásia, onde participou na cimeira da ASEAN, para o Vietname.
De acordo com Hegseth, "três narcoterroristas seguiam a bordo" e foram mortos no ataque, que, segundo o governante norte-americano, foi realizado em águas internacionais.
"Nenhum membro das forças americanas ficou ferido", acrescentou, reiterando que os narcotraficantes "estão a introduzir drogas" nas costas dos Estados Unidos para "envenenar os americanos no seu próprio país, e não vão conseguir. O Departamento vai tratá-los EXATAMENTE como tratamos a Al-Qaeda. Continuaremos a rastreá-os, localizando-os, procurando-os e eliminando-os".
O último ataque das forças norte-americanas, que patrulham há meses as águas do Caribe, tinha sido efetuado na última quarta-feira contra outra embarcação que Washington associou ao narcotráfico no Pacífico oriental, numa operação em que morreram quatro pessoas que seguiam a bordo.
À semelhança deste sábado, Hegseth informou também na altura que a embarcação foi identificada pelos serviços de inteligência e que "viajava por uma rota conhecida do tráfico de drogas e transportava estupefacientes".
"Quatro narcoterroristas do sexo masculino estavam a bordo do navio e morreram", acrescentou então Hegseth.
Com este novo ataque, ascendem a 16 as embarcações destruídas pelos Estados Unidos em águas internacionais, algumas no Pacífico, com a execução sumária dos respetivos ocupantes, que a Administração norte-americana associou repetidamente a atividades de tráfico de drogas, desde o início da campanha militar do Comando Sul, que inicialmente se concentrou no Caribe, perto das águas venezuelanas.
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não descarta ataques a alvos terrestres na Venezuela e na Colômbia, justificando os mesmos com o alegado combate ao narcotráfico, acrescentando que, caso realize essas manobras, notificará o Congresso.