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Novo ataque aéreo dos EUA contra um navio faz três mortos nas Caraíbas

Hegseth publicou um vídeo de 20 segundos do ataque Foto: Pete Hegseth / X

Um novo ataque aéreo dos Estados Unidos no mar das Caraíbas contra uma embarcação suspeita de tráfico de droga fez três mortos, anunciou o secretário da Guerra norte-americano.

O ataque foi realizado em águas internacionais e teve como alvo "uma embarcação operada por uma organização terrorista", afirmou Pete Hegseth, na quinta-feira, na rede social X.

Pelo menos 70 pessoas já morreram em 17 operações norte-americanas deste tipo.

Hegseth publicou um vídeo de 20 segundos do ataque, acompanhado da mensagem: "Como já dissemos antes, os ataques a embarcações contra narcoterroristas vão continuar até que o seu envenenamento do povo norte-americano cesse".

Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu os ataques, afirmando que cada um salva 25 mil norte-americanos vítimas do tráfico de droga, numa intervenção no Fórum Empresarial Americano.

Na quarta-feira, Hegseth e o secretário de Estado Marco Rubio informaram um pequeno grupo de líderes do parlamento sobre a campanha militar, oferecendo um vislumbre sobre a justificação legal e a estratégia por detrás dos ataques.

Os republicanos mantiveram-se em silêncio ou manifestaram confiança na campanha.

Já os democratas disseram que o Congresso precisa de mais informações sobre a forma como os ataques são conduzidos e sobre a justificação legal para ações que, segundo os críticos, violam o direito internacional e o direito dos EUA ao matar alegados traficantes de droga em alto mar.

Na quinta-feira, os republicanos votaram no Senado, a câmara alta do Congresso, contra uma proposta que teria limitado a capacidade de Trump de lançar um ataque contra a Venezuela.

A proposta foi uma tentativa dos democratas de pressionar o parlamento a assumir um papel mais forte na campanha de Trump contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Também durante o Fórum Empresarial Americano, a líder da oposição venezuelana e vencedora do Prémio Nobel da Paz de 2025, Maria Corina Machado, endossou a estratégia norte-americana, afirmando que "Maduro começou esta guerra e o presidente Trump está a terminá-la".

"A estratégia do presidente Trump em relação a esta estrutura criminosa e narcoterrorista está absolutamente correta, porque Nicolás Maduro não é um chefe de Estado legítimo; é o chefe desta estrutura narcoterrorista que trava uma guerra contra o povo venezuelano", disse Machado, numa intervenção por vídeo.

JN/Agências