O Governo da Roménia anunciou hoje a presença de "possíveis fragmentos de um 'drone'" em território romeno, na sequência de ataques russos contra o porto ucraniano de Izmail, no Danúbio, tendo sido registado um "grande número de explosões".
As autoridades romenas "foram informadas", esta madrugada, "do impacto no solo de um objeto aéreo a cerca de cinco quilómetros a sul da fronteira", no norte da região de Tulcea, referiu o ministério romeno da Defesa em comunicado.
Uma mensagem de alerta foi emitida à população local.
"Equipas militares deslocaram-se ao local e comunicaram a presença de possíveis fragmentos de um 'drone'", acrescentou o ministério, indicando que a zona foi isolada e que foram iniciadas buscas esta manhã.
Os serviços de emergência regionais afirmaram ter recebido uma chamada a sinalizar a possível queda de um objeto e, à chegada, "os bombeiros constataram que o impacto com o solo não tinha provocado um incêndio", ainda de acordo com um comunicado.
Questionado pelos meios de comunicação romenos, o Presidente do país, Nicusor Dan, mimimizou o sucedido, afirmando que "foi acidental" e que "já tinha acontecido antes".
Em outubro, a União Europeia denunciou a "escalada de Moscovo" na guerra da Ucrânia, após uma série de violações do espaço aéreo europeu atribuídas a aeronaves russas.
De 20 de outubro a 13 de novembro, uma brigada da NATO multiplicou manobras para avaliar a possibilidade de ter que aumentar rapidamente presença militar aliada em caso de crise na Roménia.
Os Estados Unidos anunciaram uma redução da presença militar na frente oriental da Europa, nomeadamente a retirada de cerca de 700 dos 1.700 militares norte-americanos destacados na Roménia.
Em setembro, o embaixador russo em Bucareste foi chamado após a intrusão de um 'drone' no país.
A Roménia aprovou, em fevereiro, uma lei que permite ao país abater 'drones' que violem espaço aéreo romeno.