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"Crise climática é uma crise sanitária", diz Organização Mundial da Saúde

Foto: Fraga Alves/EPA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, esta quarta-feira, que a "crise climática é uma crise sanitária", e lamentou que a saúde não seja objeto de negociações formais nas conferências sobre o clima da ONU (COP).

"A crise climática é uma crise sanitária", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra. "É mais do que tempo de a saúde se tornar um tema de negociações formais, e esperamos que isso aconteça na COP31 no próximo ano", acrescentou o responsável pelo ambiente e alterações climáticas da instituição da ONU, Rudiger Krech.

Tedros Adhanom Ghebreyesus esteve presente na semana passada numa cimeira que antecedeu a conferência do clima deste ano, a COP30, que decorre desde segunda-feira em Belém, no Brasil. "A saúde é a área mais convincente em matéria de ação climática, mas há muito tempo que é apenas uma nota de rodapé nas negociações sobre o clima", argumentou hoje Tedros Ghebreyesus.

Para o diretor-geral da OMS, "é muito mais fácil convencer as pessoas da urgência de proteger a sua própria saúde ou a dos seus filhos do que proteger os glaciares ou os ecossistemas. Ambos são importantes, mas um está muito mais próximo" do que o outro.

O Brasil anunciará um plano de adaptação às alterações climáticas centrado na saúde, na quinta-feira, que será o dia dedicado à saúde na COP30, indicou o diretor-geral da OMS. Este plano inclui medidas destinadas a ajudar os países a preparar os seus sistemas de saúde e a responder aos impactos sanitários, precisou.

JN/Agências