Matosinhos

Ministro diz que "não há decisões" sobre o TGV

Miguel Pinto Luz acompanhado por Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos, durante a Semana da Reabilitação Urbana do Porto Foto: Estela Silva/Lusa

Miguel Pinto Luz afirmou em Matosinhos que alterações ao projeto da linha de alta velocidade ainda estão a ser avaliadas.

As alterações ao projeto para a linha de TGV propostas pelo consórcio AVAN Norte ainda estão "em avaliação" e "não há decisões tomadas" pelo Governo, afirmou esta quarta-feira o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, à margem da Semana da Reabilitação Urbana, na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, onde participou na sessão de abertura.

"O Governo está à espera da avaliação de impacto ambiental, de toda a análise económico-financeira e de toda a análise jurídica para, a seu tempo, tomar uma decisão", vincou o governante, considerando "normal" a "polémica que existe no espaço público" em relação às alterações ao caderno de encargos para a linha de alta velocidade submetidas pelo consórcio construtor (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto).

Em causa estão mudanças significativas ao contrato de concessão assinado pelo AVAN Norte no final de julho passado, como a substituição da estação subterrânea em Santo Ovídio por outra em Vilar do Paraíso, à superfície, e a construção de duas pontes - uma ferroviária e outra rodoviária - sobre o rio Douro, em lugar de uma travessia rodoferroviária, como estava previsto.

Referindo que "o pedido formal de alteração [do projeto] entrou há duas semanas", Miguel Pinto Luz indicou que o processo está "num período de avaliação", e que só depois "a Infraestruturas de Portugal, em primeira mão, e, depois, o Governo, tomarão uma decisão".

Entre os aspetos a pôr "em cima da mesa" no momento de decidir estarão os "sistemas de mobilidade que existem para servir a estação" a construir, como "o metro".

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Ligação ao metro

Pinto Luz garante que a ligação de metro à estação de Gaia tanto existe no contrato de concessão de julho como na alteração submetida depois.

Demolições

O novo projeto tem menos extensão em túnel, estando previstas 236 demolições, entre casas e empresas.

Alívio da VCI

O ministro diz que "está tudo garantido" para se "avançar o mais depressa possível" com uma solução para a VCI, mas não aponta datas.

Ana Correia Costa