Um depósito de explosivos confiscados explodiu dentro de uma esquadra da polícia na Caxemira controlada pela Índia, matando pelo menos nove pessoas e ferindo outras 32, informou este sábado fonte policial.
A explosão ocorreu na área de Nowgam, em Srinagar, a principal cidade da região de Caxemira, na noite desta sexta-feira, quando uma equipa de peritos judiciais e policiais examinava o material explosivo, disse Nalin Prabhat, diretor-geral da polícia da região, descartando qualquer ato criminoso e assumindo que foi um acidente.
A maioria dos mortos eram polícias e peritos judiciais. Alguns dos feridos ficaram em estado considerada grave, informou a polícia.
As chamas provocadas pela explosão destruíram a esquadra e vários automóveis.
De acordo com a agência de notícias indiana Press Trust, pequenas explosões sucessivas impediram operações de resgate imediatas.
A explosão na esquadra da polícia aconteceu dias após a explosão mortal de um carro na segunda-feira em Nova Deli, que matou pelo menos oito pessoas perto do histórico Forte Vermelho da cidade.
Autoridades indianas classificaram o incidente como um "ato terrorista hediondo" realizado por "forças antinacionais".
A explosão da viatura ocorreu horas depois de a polícia de Caxemira ter anunciado que desmantelou uma célula suspeita que operava na região disputada, detendo pelo menos sete pessoas, incluindo dois médicos de cidades indianas, e apreendendo material para fabricar bombas na cidade de Faridabad, perto de Nova Deli.
As agências de segurança indianas têm realizado desde a explosão dessa viatura várias rusgas em Caxemira como parte da investigação, interrogando centenas de pessoas e detendo dezenas de suspeitos.
A polícia indiana disse este sábado que usou o ADN para identificar o condutor do carro e avançou que se tratava de um médico de Caxemira. As forças governamentais explodiram a casa da sua família no distrito sul de Pulwama na noite de quinta-feira, disseram autoridades.