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PS é o único partido de Esquerda que vai marcar presença na parada militar do 25 Novembro

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro Foto: Manuel de Almeida / Lusa

O PS é o único partido de esquerda que estará presente na parada militar em Lisboa na próxima terça-feira para assinalar os 50 anos do 25 de Novembro, apesar de ter recusado integrar a comissão criada pelo Governo.

A comissão promotora dos 50 anos do 25 de Novembro, criada pelo Governo, organiza na terça-feira, às 9 horas na Praça do Comércio, em Lisboa, uma parada militar comemorativa dos 50 anos do 25 de Novembro, que será presidida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Entre os partidos de esquerda com assento parlamentar, só o PS vai marcar presença nessa parada militar.

Fonte oficial do Grupo Parlamentar do PS indicou à Lusa que o partido "não integra a comissão por considerar que se sobrepõe de forma pouco adequada, na forma e no conteúdo", à celebração dos 50 anos do 25 de Abril, mas marcará presença na parada militar.

"Estando presentes, por obrigação, os três ramos das Forças Armadas, o PS far-se-á representar pelo coordenador da comissão de Defesa, deputado Luís Dias", indicou a mesma fonte.

Todos os restantes partidos de esquerda indicaram à Lusa que não vão marcar presença na parada militar, apesar de todos, com exceção do PCP, participarem na sessão solene que se irá realizar de seguida na Assembleia da República.

O Livre indicou à Lusa que irá participar na sessão solene, mas não na parada militar.

"Vamos onde pudermos marcar agenda e dar a nossa opinião sobre o futuro do Portugal europeu que o 25 de Novembro ajudou a construir", referiu.

Por sua vez, o PCP disse à Lusa não compactuar "com a operação em torno dos 50 anos do 25 de Abril, para menorizar o 25 de Abril, as suas conquistas e valores, nem para tornar o 25 de Novembro naquilo que não foi, mas que alguns gostavam que tivesse sido".

"Por isso, não estará presente nas iniciativas marcadas para o efeito que constituem um inaceitável ajuste de contas com o 25 de Abril", indicou o partido.

O BE também referiu à Lusa que não irá à parada militar, apesar de participar na sessão solene, assim como o PAN.

Os acontecimentos do 25 de Novembro, em que forças militares antagónicas se defrontaram no terreno e venceu a chamada ala moderada do Movimento das Forças Armadas (MFA), marcaram o fim do chamado Período Revolucionário em Curso (PREC).

JN/Agências