O AVS garantiu hoje a passagem para os oitavos de final da Taça de Portugal, depois de superar, no desempate das grandes penalidades (7-6), o Académico de Viseu, após um empate sem golos no tempo regulamentar.
Num desafio onde os viseenses, da II Liga, até tiveram um ascendente no domínio e nas melhores oportunidades, os avenses, do principal escalão, foram premiados pela coesão, beneficiando, no final, da falta de pontaria de Igor Milioransa, que, na sétima série do desempate por penáltis, foi o único a falhar o alvo.
Os viseenses, que chegavam com o estatuto de terem eliminado o primodivisionário Gil Vicente na ronda anterior, até esbateram cedo a diferença de escalão, assumindo-se como a equipa mais perigosa e deixando o primeiro aviso por André Clóvis, aos 13 minutos, com um remate às malhas laterais.
O avançado brasileiro foi um dos mais ativos nesta etapa inicial e, dez minutos depois, teve uma das mais soberanas chances desta fase, quando se isolou, mas, na altura do remate, permitiu a defesa, com os pés, do guardião contrário João Gonçalves.
Do outro lado, os avenses sentiam muitas dificuldades na articulação dos ataques e só aos 25 minutos desenharam a sua primeira oportunidade, num desperdício de Jaume Grau, quando estava em boa posição para desviar.
Apesar do susto, o Académico não esmoreceu na postura mais dominadora, explorando algumas brechas na defesa contrária, colmatadas pela atenção do guarda-redes João Gonçalves.
O guardião avense voltou a destacar-se antes do intervalo, sustendo remates de Gohi e Gustavo Costa, fazendo o nulo manter-se até ao descanso.
No regresso do descanso, o AVS surgiu com garra renovada e, logo nos primeiros minutos do reatamento, esteve perto de inaugurar o marcador, com Nenê, aos 49 minutos, a enviar a bola à barra, através de um livre, e aos 57 a permitir a defesa de Bruno Brígido num desvio a um cruzamento de Diogo Spencer.
Após os calafrios, o Académico de Viseu foi, paulatinamente, recuperando o embalo ofensivo, sobretudo fruto das mexidas feitas pelo técnico Sérgio Fonseca.
As entradas de Álvaro Zamora e Simão Silva vieram dar mais dinamismo aos contragolpes dos viseenses, com ambos os atacantes a disporem de boas oportunidades, mas sem a melhor pontaria na finalização, fazendo o 0-0 arrastar-se até ao final e precipitar o prolongamento.
Nesse tempo extra, as duas equipas não correram grandes riscos e, nas parcas chances que tiveram, foram displicentes na finalização, levando as decisões para as grandes penalidades.
Aí aconteceu o inverso, com eficácia total das duas equipas até à sétima série, onde o primeiro a quebrar foi Igor Milioransa, que atirou por cima e entregou a passagem da eliminatória ao AVS.