Diagnosticada com cancro da mama durante a preparação para os Jogos Olímpicos de 2024, Marta Pen Freitas regressa agora ao hospital para novo ciclo de tratamentos. A atleta olímpica tem enfrentado a doença com força, entre cirurgias, quimioterapia e competição, mostrando uma resiliência que inspira.
Depois de alguns dias a explorar a Ásia, numa viagem que lhe permitiu descomprimir e recuperar forças longe das rotinas hospitalares, Marta Pen Freitas anunciou que está de volta aos tratamentos contra o cancro da mama. A atleta portuguesa partilhou o regresso numa mensagem emotiva dirigida aos seus seguidores, onde abriu o coração sobre o que tem aprendido com esta nova fase da vida.
"De volta à realidade, a ir para o hospital para os tratamentos de cancro que estão programados depois de uma viagem incrível", escreveu. Confessou que, ao longo de toda esta caminhada, a questão que a acompanha não é "porquê?", mas sim "para onde é que isto me está a levar?". Para Marta, compreender a dor é tão importante como persistir. E mesmo que a vida possa estar diferente, isso não significa que não possa continuar a ser boa.
O tumor foi detetado em maio de 2024, quando se preparava para os Jogos Olímpicos de Paris. A notícia tornou-se pública dois meses depois, num testemunho sereno de quem está habituada a encarar desafios com disciplina e coragem. Marta Pen Freitas passou pela primeira cirurgia e deu início às sessões de quimioterapia e radioterapia que têm marcado o seu calendário.
Apesar das limitações físicas e do cansaço constante, recusou afastar-se do desporto. Voltou aos treinos possíveis, ajustou objetivos e, entre consultas, regressou mesmo à competição internacional, demonstrando que a sua identidade não cabe apenas no diagnóstico que recebeu.
Nas redes sociais, atleta também deixou uma reflexão que tem sido a sua bússola: "Podemos passar por algo incrivelmente difícil, fora dos nossos planos, e ainda assim criar espaço para pequenas alegrias que podem transformar-se em algo bonito."
Nas pistas ou nos corredores do hospital, Marta Pen Freitas mostra que resistir é também permitir-se continuar a sonhar.