Desporto

Podium alega "distorção de factos" e mantém "esperança" em organizar Volta a Portugal

Organização da Volta a Portugal em 2026 está em causa Foto: Tiago Petinga/Lusa

A empresa, que viu o contrato com a Federação Portuguesa de Ciclismo ser rescindido há um mês, volta a abordar o diferendo, reiterando que "não aceitará a distorção de factos, o incumprimento reiterado do contrato, nem a sua rescisão unilateral, sem fundamento legal".

"A Podium sempre atuou com profissionalismo, lealdade e sentido de responsabilidade institucional, garantindo a continuidade, qualidade e prestígio da Volta a Portugal e continuará a defender a legalidade, a transparência e o património desportivo nacional, que tanto ajudou a construir, ao longo de 25 anos de trabalho dedicado.
A Podium mantém a esperança de que será possível organizar a Volta em 2026 e, espera-se por muitas mais edições, ao abrigo de um contrato de exploração justo e equilibrado, que alinhe os interesses do ciclismo, da Federação e da Podium, conforme o modelo apresentado, em diversas ocasiões", lê-se num comunicado da empresa, esta quarta-feira.

Na nota, que é dividida em oito pontos, a Podium garante que "cumpriu integralmente as obrigações decorrentes do contrato de concessão", apesar de ter enfrentado "períodos de grande dificuldade", e aponta as mudanças na Federação Portuguesa de Ciclismo, agora liderada por Cândido Barbosa, como a causa de diferendos recentes.

"A Federação Portuguesa de Ciclismo manteve, ao longo de todo o período de vigência contratual, uma posição dominante na relação, nunca tendo invocado, ao longo destes 25 anos de execução, qualquer incumprimento do contrato e reconhecendo reiteradamente o mérito da atuação da Podium na organização dos eventos. Contudo, no último ano, e na sequência de alterações internas na direção da Federação, foram adotadas posições que se afastam do histórico de cooperação institucional, que unia ambas as entidades", sublinha a empresa.

"Esta rescisão contratual invocada, com total desprimor pela relação contratual estabelecida entre ambas as instituições e pela situação pandémica e de instabilidade político-social, que marcou e continua a marcar os nossos dias, releva um desapego (em nosso ver) censurável à realidade excecional vivida, podendo colocar em causa a credibilidade, a estabilidade e a qualidade organizativa do ciclismo nacional, mas também o prestígio e elevado padrão de realização da Volta", acrescenta a Podium.

Redação