Economia

Subsídios de férias e Natal serão repostos "logo que seja possível"

O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, garantiu, esta quarta-feira, que o Governo está a trabalhar para que os subsídios de férias e de Natal sejam repostos "logo que possível".

"Nós [Governo], e em particular eu, estamos a trabalhar para que a despesa pública se reduza para, que logo que seja possível ao Estado, haver a reposição dos subsídios aos funcionários públicos", assegurou Hélder Rosalino no Parlamento.

O secretário de Estado da Administração Pública, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, respondia a uma questão colocada pela deputada do PS, Isabel Santos, sobre a data de reposição do 13.º e 14.º mês, atualmente suspensos.

Ouvido a 09 de maio na mesma comissão parlamentar, o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, afirmou que a reposição gradual dos subsídios de férias e Natal a partir de 2015, avançada no documento de estratégia orçamental (DEO) do Governo, é uma "perspetiva técnica" e não uma "decisão política".

Em declarações perante a comissão parlamentar do Orçamento, Vítor Gaspar recusou comprometer-se com uma data específica para o regresso destas prestações, que foram suspensas para funcionários públicos e pensionistas.

O deputado social-democrata bracarense Nuno Reis mencionou que no DEO é avançada a possibilidade de repor os subsídios a um ritmo de 25 por cento por ano a partir de 2015 - voltando ao total em 2018.

Em resposta, Vítor Gaspar disse que há uma "considerável incerteza" à volta da evolução da economia portuguesa e da europeia.

"Não é possível de forma definitiva projetar o que vai acontecer nos anos seguintes", disse Gaspar. Assim, a hipótese de repor 25 por cento dos subsídios em 2015 é uma mera "perspetiva técnica" e não "um compromisso".

Os funcionários públicos que, entre hoje e sexta-feira, receberem o salário correspondente ao mês de junho não verão depositados nas respetivas contas bancárias os subsídios de férias, uma suspensão decidida pelo Governo de Passos Coelho e justificada pelas dificuldades económicas que o país enfrenta.

Assim, apenas os funcionários que recebam um salário inferior ou equivalente a 600 euros receberão o subsídio na íntegra. Já os que auferem um salário entre 610 euros e 1090 euros receberão apenas uma parte do subsídio de férias, ao passo que os funcionários públicos que ganham 1100 euros por mês, ou acima, terão um corte total no subsídio.

Redação