Trabalhadores da Função Pública manifestam-se no dia em que recebiam subsídio de férias
Os trabalhadores da Função Pública manifestam-se na próxima sexta-feira, em Lisboa, no dia em que a maioria dos funcionários da Administração Central do Estado deveria receber o subsídio de férias.
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"O objetivo principal deste protesto, no dia 22, prende-se com o facto de ser precisamente o dia em que o maior número de trabalhadores recebia o subsídio de férias", disse à Lusa a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, Ana Avoila.
Mais do que uma manifestação de funcionários públicos, trata-se "de uma ação de protesto contra o roubo do subsídio de férias e uma reivindicação pela sua reposição imediata", referiu a sindicalista.
O protesto, que deverá começar pelas 14.30 horas no Largo do Príncipe Real, em Lisboa, segue para o Tribunal Constitucional (TC) e termina em São Bento.
Ana Avoila explicou que "a ação é contra as posições assumidas pelo Tribunal Constitucional e pelo Governo, mas que, parecendo simbólica, não o é", pois a escolha do dia "não é só simbólica pelo corte do subsídio, mas é também de reivindicação do próprio subsídio retirado naquele dia".
Os funcionários públicos que, entre hoje e sexta-feira, receberem o salário correspondente ao mês de junho não verão depositados nas respetivas contas bancárias os subsídios de férias, uma suspensão decidida pelo Governo de Passos Coelho e justificada pelas dificuldades económicas que o país enfrenta.
Assim, apenas os funcionários que recebam um salário inferior ou equivalente a 600 euros receberão o subsídio na íntegra. Já os que auferem um salário entre 610 euros e 1.090 euros receberão apenas uma parte do subsídio de férias, ao passo que os funcionários públicos que ganham 1.100 euros por mês, ou acima, terão um corte total no subsídio.