O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou, esta quarta-feira, que a proposta de quadro financeiro plurianual da União Europeia para o período 2014-2020 que vai ser debatida no Conselho Europeu desta semana é desequilibrada e "contém elementos inaceitáveis".
Segundo Pedro Passos Coelho, a proposta da Comissão Europeia, trabalhada em diálogo com o Parlamento Europeu, servia bem melhor os interesses da coesão e do crescimento europeu" do que aquela que vai estar discussão, apresentada pelo presidente do Conselho Europeu.
Numa intervenção na abertura do debate de preparação do Conselho Europeu extraordinário de quinta e sexta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro referiu que "a proposta que será discutida avança com uma diminuição global de cerca de 80 mil milhões de euros relativamente à proposta da Comissão" e "altera os parâmetros mais determinantes para a afetação financeira a Portugal".
Passos Coelho contestou a redução da consideração do contexto nacional de cada Estado-membro, bem como a diminuição das taxas de cofinanciamento, que disse ser "muito significativa", e dos montantes de pré-financiamento.