O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, considerou, esta terça-feira, que a paralisação dos funcionários da TAP, proposta pelos sindicatos, não defende os postos de trabalho e prejudica a "fiabilidade dos serviços".
"Preocupa-nos toda a existência de greves no setor dos transportes. Não é dessa forma que os trabalhadores melhor defendem os seus postos de trabalho e não é dessa maneira que contribuímos para a fiabilidade ou a perceção de fiabilidade dos serviços", disse Sérgio Monteiro à Lusa, à margem de uma conferência sobre mobilidade urbana, em Lisboa.
Os sindicatos da TAP vão propor aos trabalhadores da companhia a realização de uma greve já em março, estando em aberto os dias de paralisação, para contestar os cortes salariais de que vão ser alvo, pela primeira vez, em fevereiro.
O secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações defendeu que é a TAP é "um ativo de todos os portugueses, do ponto de vista económico é extraordinariamente importante para o turismo, é uma bandeira para o país", manifestando total abertura do Governo para prosseguir o diálogo com os sindicatos.
"Estamos sempre disponíveis para dialogar - já o fizemos em duas ocasiões -, sobre formas de aprofundar o equilíbrio e a sustentabilidade operacional da TAP. Todas as iniciativas que possam ser tomadas através de reuniões, ou de outra forma, para garantir o diálogo são obviamente bem-vindas, e o Governo está disponível para o fazer", referiu.