Economia

Desemprego "muitíssimo elevado" mas Governo está empenhado em contrariá-lo, diz Marques Guedes

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares reconheceu, esta quinta-feira, que os números do desemprego em Portugal são "muitíssimo elevados", mas reiterou que o Governo está empenhado numa estratégia de crescimento que potencie a criação de emprego.

"Sãonúmeros muitíssimo elevados, mas que são resultado natural dedificuldades profundíssimas que a economia portuguesa sofre emtermos estruturai, que levou (...) ao programa de assistênciaeconómica e financeira", comentou Luís Marques Guedes no finalda reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Ogovernante comentava os dados mais recentes do Instituto Nacional deEstatística (INE), revelados esta quinta-feira, que indicam que ataxa de desemprego subiu em Portugal para os 17,7% no primeirotrimestre, face aos 16,9% observados no trimestre anterior, com onúmero de desempregados em Portugal a ultrapassar os 950 mil.

MarquesGuedes destacou a estratégia para o crescimento e fomento industrialrecentemente apresentada pelo Governo, esperando o ministro que odocumento "possa ser consensualizado com todos" osparceiros sociais e partidos políticos para uma maior"sustentabilidade e abrangência" das medidas decrescimento económico.

A "únicaforma" de resolver o problema do desemprego, contudo, é por via"da resolução dos problemas económicos que o país tem",lembrou o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares.

De acordocom o INE, a taxa de desemprego aumentou em termos trimestrais 0,8pontos percentuais e 2,8 pontos percentuais face ao períodohomólogo.

Entrejaneiro e março, o INE contabilizou 952,2 mil desempregados, o querepresenta um acréscimo trimestral de 3,1% (mais 29 mil pessoas) ehomólogo de 16,2% (mais 132,9 mil pessoas).

Os númerosobservados no final do primeiro trimestre atingem níveisabsolutamente históricos, num contexto de subidas da taxa dedesemprego em Portugal desde o segundo trimestre de 2008, altura emque se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados.

Redação