O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou, esta sexta-feira, aos sindicatos dos professores para que canalizem o seu protesto para a greve geral marcada para 27 de junho, suspendendo a paralisação convocada para dias de avaliações e exames nacionais.
"Háuma greve geral que foi marcada para o final do mês. As razões quepossam assistir aos sindicatos podem perfeitamente passar para essagreve geral e não para uma greve que tenderá a penalizar sobretudoos estudantes e as suas famílias", afirmou Pedro Passos Coelho.
O chefe doexecutivo PSD/CDS-PP fez este apelo durante uma conferência deimprensa conjunta com o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk,com quem esteve hoje reunido na residência oficial de São Bento,Lisboa, durante cerca de uma hora.
Questionadopelos jornalistas sobre a greve dos professores, o primeiro-ministrocomeçou por ressalvar que "o Governo respeita o direito àgreve e que respeita as decisões que os sindicatos assumiram deanunciar o pré-aviso de greve".
"Queroaproveitar para apelar aos próprios sindicatos (...) no sentido denão prejudicarem as famílias e os estudantes que têm realmenteprovas importantes que precisam de prestar e que condicionam de umaforma muito relevante o seu futuro imediato, nomeadamente no querespeita à conclusão do ensino secundário e à sua candidatura aoensino superior", acrescentou.
Asprincipais razões que levaram os docentes a avançar para a greveprendem-se com a aplicação da mobilidade especial aos docentes e oalargamento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais,medidas que foram aprovadas em Conselho de Ministros na quinta-feiraà noite.
Depois deterem anunciado que iriam fazer greve às avaliações (entre os dias07 e 14 de junho), e que iriam participar na greve geral de dia 17(que coincide com o primeiro dia de exames nacionais), os sindicadosdecidiram quinta-feira alargar a greve por mais uns dias, depois deum dia de negociações falhadas com a tutela.