A Federação Nacional de Professores adiantou que os primeiros dados recolhidos junto de escolas e agrupamentos de todo o país apontam para "indícios de uma adesão fortíssima" à greve às avaliações, próxima dos 100%.
Corpo do artigo
De acordo com o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, as escolas já contactadas pela estrutura sindical informaram que as reuniões de avaliação marcadas para esta sexta-feira não se vão realizar.
Ainda que admita que ao final do dia os dados recolhidos possam indicar que "uma outra reunião" se tenha realizado, Mário Nogueira realçou que os dados já disponíveis são "indícios de uma adesão fortíssima".
A Fenprof esteve ao longo do dia a recolher informações junto de escolas de todo o território continental e ilhas. Por exemplo, adiantou Mário Nogueira, há um conjunto de 51 escolas no Algarve onde não se vai realizar qualquer reunião de avaliação.
Os professores têm uma greve marcada ao serviço de avaliações que, além de hoje, abrange os dias 11, 12, 13 e 14 de junho, e uma greve geral para 17 de junho, que coincide com o dia dos exames nacionais.
Na quinta-feira, a Fenprof, no final da última ronda negocial dedicada às novas regras a aplicar à função pública, que terminou sem acordo, admitiu prolongar a greve para o período entre 18 e 21 de junho, desde que haja acordo entre todos os sindicatos.
O receio de que o regime de mobilidade especial os leve ao desemprego e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais são os principais pontos de discórdia.
A agência Lusa contactou o Ministério da Educação para saber se a tutela tinha dados diferentes dos avançados pela Fenprof, mas até ao momento não foi possível obter mais esclarecimentos.