Economia

Bicicletas elétricas podem ser negócio de 80 milhões em Portugal

O secretário-geral da associação da indústria das bicicletas, Paulo Rodrigues, defendeu, esta quinta-feira, que a produção de bicicletas elétricas em Portugal pode representar "um volume de negócio na casa dos 80 milhões de euros".

Asafirmações foram feitas à agência Lusa à margem do CongressoInternacional de Promoção da Mobilidade Suave, na Alfândega doPorto, que teve no centro da discussão as bicicletas elétricas ou"e-bikes".

"Aopromover este encontro o que constatámos é que o setor das e-bikesestá a crescer na Europa e em Portugal pode atingir, nos próximostrês anos, um volume de negócio na casa dos 80 milhões de euros.Isto, se crescermos ao mesmo nível de outros países da Europa nestetipo de utilização", explicou Paulo Rodrigues.

O líderda ABIMOTA - Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas,Ferragens, Mobiliário e Afins - frisou que o seminário quispotenciar as competências de outros setores que, em associação,poderão resultar em novos produtos e soluções para este meio delocomoção.

"Estamosa mostrar este potencial negócio e a juntar, em rede, as empresas deoutros setores, que podem contribuir para atingirmos os tais milhões,com os conhecimentos que têm na área das tecnologias da informação,na área da mobilidade elétrica, do "design", dos novosmateriais", referiu.

Aadaptação das cidades na adoção das infraestruturas requeridaspara a mobilidade elétrica foi tema de discussão no congresso, quereuniu especialistas em planeamento de território.

"Tivemospresentes entidades como o Instituto da Mobilidade e dos Transportese académicos ligados ao ensino do planeamento urbanístico.Entendemos que o primeiro passo está relacionado com a preparaçãodo território e a política de cidade", considerou.

"Presidentesde câmara, vários técnicos de autarquias, da região Centro e daregião Norte, olharam, sobretudo, para a preparação e desenho doterritório, a sua organização e a dos diversos sistemas detransporte, para potenciar a eficácia da utilização deste novomeio e para o integrar nas soluções que já existem",acrescentou.

PauloRodrigues acrescentou ainda que, com o "trabalho em rede"conseguido no congresso, se espera que "os objetivos, quer doponto de vista da dimensão do mercado nacional, quer do aumento dacapacidade exportadora, sejam alcançados".

A ABIMOTAtem parceria com o Polo de Competitividade e Tecnologia dasIndústrias da Mobilidade - Portugal Mobi 2015.

Redação