Desporto

Clubes da Liga insistem na destituição de Mário Figueiredo

José Eduardo Simões, presidente da Académica, diz que o "vício sempre foi sanável" Fábio Poço / Global Imagens

"Os clubes não se revêem em quem se arroga como seus representantes", afirma José Eduardo Simões, presidente da Académica e porta-voz dos emblemas que requerem Assembleia Geral Extraordinária para destituir, com justa causa, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Mário Figueiredo.

Reunidos esta tarde de terça-feira, em Leça da Palmeira, os 14 clubes insistiram na destituição de Mário Figueiredo e prometerem voltar a requerer reunião extraordinária, recentemente negada pela Mesa da Assembleia Geral da Liga com a alegação de que dez dos 14 signatários não tinham as cotas em dia, situação que, neste momento, já estará regularizada.

"O vício sempre foi sanável. Aliás, quando o presidente da Assembleia da Liga despachou e julgou improcedente o primeiro requerimento, a 21 de novembro, a situação estava já regularizada desde o dia 14. Agora, não há argumentos para negar a assembleia. Vamos avançar com novo requerimento, o mais brevemente possível, nos próximos dias", afirma José Manuel Simões.

"O comportamento do presidente da Mesa da Assembleia Geral é deliberadamente parcial, irresponsável e não compatível com os deveres objectivos a que está obrigado. [...] Este tipo de artifícios [...] não logrou afastar os clubes dos seus propósitos, na defesa dos interesses maiores do futebol português, designadamente da sua sustentabilidade", lê-se na declaração conjunta produzida após a reunião dos clubes contestatários.

No mesmo comunicado, este G14 (Académica, Arouca, Belenenses, Braga, Estoril, F.C. Porto, Nacional, Rio Ave, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, da Primeira Liga, e Feirense, Oliveirense, Santa Clara e Tondela, da Segunda Liga) "não reconhece que os actos, declarações ou tomadas de posição do presidente da Liga representem o sentir e o interesse dos clubes, nem que o mesmo se arrogue como porta voz dos clubes, em quaisquer circunstâncias".

Os clubes reafirmam, ainda, "o interesse em que os problemas e as questões mais importantes do futebol português sejam discutidos no local próprio, sem reservas nem receios, e relembram a ausência de realização de reuniões estatutariamente marcantes, como sejam o Conselho de Presidentes e Assembleias Gerais".

Os órgãos sociais da Liga têm mandato até final da época 2013/14.

Almiro Ferreira