Uma mancha de óleo de cerca de 20 quilómetros, detetada, este sábado, entre a Malásia e o Vietname, é o primeiro sinal de que o avião da Malásia Airlines, com 239 pessoas a bordo, se terá despenhado no mar. A noite já caiu na região, mas as buscas por mar vão continuar.
"Um avião da Marinha do Vietname descobriu uma mancha de óleo de 20 quilómetros na área de busca, que se presume seja do avião que se despenhou", disse o diretor da Administração da Aviação Civi vietnamita, em declarações citadas pelo jornal norte-americano New York Times.
Trata-se de um rasto constituído por duas linhas de óleo à superfície de água que parecem ser consistentes com o que uma aeronave poderia deixar.
Lai Xuan Thanh disse que comunicou a informação às autoridades de Singapura e da Malásia, mas não foi capaz de especificar se a mancha de óleo está mais próxima do Vietname ou da Malásia.
O Boeing 777-200 voava entre Kuala Lumpur e Pequim. O modelo é considerado um dos aviões mais seguros da história da aviação e é conhecido pela sua capacidade para fazer voos muito longos.
Ao anoitecer, 17 horas após o voo MH370 ter desaparecido, as autoridades vão continuar as buscas por mar. As buscas aéreas foram suspensas.
"As operações de busca e salvamento vão continuar o tempo que forem necessárias", garantiu aos jornalistas o primeiro-ministro malaio. Najib Razak diz que 15 aviões da sua Força Aérea, seis navios da marinha e três barcos da Guarda Costeira foram enviados para a operação.
Dos227 passageiros, 153 são chineses, 38 malaios, sete indonésios,seis australianos, quatro americanos e três franceses, informou.
Já esta tarde, apurou-se que dois dos passageiros entraram a bordo com passaportes roubados, a um homem italiano e a um homem austríaco.
Vários países ajudam nas buscas
Vários países efetuam buscas no mar da China meridional, região cuja soberania de algumas zonas é disputada por várias nações. Vietname, China, Singapura e Malásia têm já meios na zona a procurar o avião.
OMinistério da Defesa vietnamita anunciou uma operação de busca naMalásia, que envolve um avião, dois helicópteros e quatro naviosque vão patrulhar ao largo da costa leste do mar da Chinameridional.
AChina enviou para o local navios de patrulha marítima e as Filipinastrês navios e uma aeronave.
"Estamosmuito tristes com a informação sobre o voo MH370", disse opresidente executivo da companhia aérea, Ahmad Jauhari YahyaMalaysia Airlines, em conferência de imprensa.
"Anossa prioridade agora é trabalhar com as equipas de resgate e asautoridades", acrescentou. SegundoAhmad Jauhari, entre os passageiros do avião, seguiam 12 crianças.
NoAeroporto Internacional de Kuala Lumpur, familiares dos passageirosaguardam com angústia informações sobre o aparelho, mantendo-seafastados da imprensa.
"Aminha esposa está a chorar. Todo o mundo está triste", disseHamid Ramlan, um polícia de 56 anos, cuja filha de 34 anos seguia abordo com o filho para umas férias na China.