O presidente interino da Ucrânia anunciou, esta segunda-feira, ter ordenado às unidades militares estacionadas na península da Crimeia que retirem para o interior do país, na sequência do pedido de separação e anexação da região à Rússia.
"O conselho nacional de segurança e defesa tomou a decisão de, de acordo com instruções do Ministério da Defesa, transferir as unidades militares estacionadas na República Autónoma da Crimeia", afirmou o presidente interino, Olexandre Tourtchinov
O anúncio foi feito antes no dia em que o ministro russo da defesa, Sergueï Choïgou, chegou à Crimeia para inspecionar as instalações militares.
Sergueï Choïgou, o primeiro alto responsável do poder russo a visitar a Crimeia desde a sua anexação pela Rússia, encontrou-se com oficiais ucranianos que se mostraram fiéis à Rússia e garantiu-lhes que poderão beneficiar de todas as vantagens sociais dos militares russos e servir em todas as regiões do país.
Além disso, o ministro russo pediu aos oficiais na Ucrânia para fazer um inventário de todas as armas disponíveis nas unidades militares, adiantou uma televisão local.
Preocupados com aquela que já foi considerada a maior crise entre o Ocidente e o Leste desde o fim da Guerra Fria, os líderes mundiais decidiram reunir-se em Haia, na Holanda, para debater a segurança nuclear, enquanto um alto representante da Aliança Atlântica (NATO) garantiu que a organização está muito atenta à deslocação massiva de tropas russas para a fronteira com a Ucrânia.