Desporto

"Pela vontade do presidente, continuaria selecionador", diz Paulo Bento

Paulo Bento MIGUEL RIOPA/AFP

Paulo Bento revelou esta sexta-feira à noite, em entrevista à RTP Informação, que o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, não queria prescindir dos seus serviços. Sobre a possível influência de Ronaldo na sua saída da Federação, Paulo Bento disse não querer acreditar que "algum jogador possa influenciar uma pessoa ou uma direção".

"Se fosse só a vontade do presidente [Fernando Gomes], possivelmente continuaria a ser selecionador nacional", afirmou o antigo técnico nacional, explicando: "Dentro da direção, chegou-se à conclusão que seria melhor prescindir dos meus serviços. Não estou a falar de ninguém em especial".

Paulo Bento recusou ainda assumir ter tido vontade de deixar o cargo. "Não partiu [de mim]", referiu, reconhecendo: "O jogo com a Albânia [derrota por 0-1] foi a gota de água, que fez tombar o copo".

Depois, uma crítica velada às mudanças efetuadas na estrutura da Federação, nomeadamente à promoção de Paulo Bento a líder do gabinete coordenador técnico nacional. "Tendo em conta a decisão tomada, muito possivelmente a situação não estava tão consistente como se esperava", disse.

Em relação à possível influência de Cristiano Ronaldo na sua saída e na escolha do novo selecionador nacional, Bento foi taxativo: "Não quero acreditar que algum jogador possa influenciar uma pessoa ou uma direção". "Invertiam-se os papéis. Não seria bom para ninguém. Nem para a FPF nem para o jogador", sublinhou.