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Netanyahu diz que acordo sobre nuclear iraniano é "erro histórico"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou, esta segunda-feira, que o acordo sobre o nuclear iraniano é "um erro histórico para o mundo"

"Em todas as áreas em que era suposto evitar que o Irão se dotasse de capacidade de [desenvolver] armas nucleares, houve grandes compromissos", afirmou Netanyahu, citado pelo seu gabinete, no início de uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Bert Koenders.

Benjamin Netanyahu abriu uma conta na rede social "Twitter", escrita em persa, para atacar o acordo sobre o dossiê nuclear iraniano, concluído em Viena.

"O objetivo é estabelecer uma comunicação direta com os iranianos, doutrinados a odiar Israel desde a revolução islâmica de 1979", declarou um responsável do gabinete do primeiro-ministro israelita.

"Queremos dizer, em persa, a verdade aos iranianos sobre o acordo e explicar que os milhares de milhões de dólares que o regime iraniano vai conseguir com esta negociação vão servir para financiar o terrorismo e armas e não para construir escolas ou hospitais", acrescentou.

Israel, inimigo do Irão, é totalmente contra um acordo sobre o programa nuclear iraniano, que, na opinião de Netanyahu, não vai impedir Teerão de fabricar a bomba atómica.

"Enquanto o espetáculo com o Irão continua, o Irão está prestes a fabricar a bomba nuclear e dispõe de milhares de milhões de dólares para o terrorismo e ataques", escreveu Netanyahu numa das mensagens publicadas na conta '@IsraeliPM_Farsi'.

Além desta, Netanyahu tem mais três contas no "Twitter", em hebreu, inglês e árabe, e recorre frequentemente às redes sociais, incluindo ao "Facebook", para fazer campanha contra o programa nuclear iraniano.

O Irão e as grandes potências ocidentais concluíram hoje, em Viena, um acordo histórico sobre o programa nuclear iraniano, após 21 meses de negociações.

O objetivo é garantir que o programa nuclear iraniano não possa ser usado para fins militares, em troca do fim das sanções internacionais que prejudicam a economia do país.

Israel é considerada a única potência nuclear do Médio Oriente e não assinou o Tratado de Não-Proliferação das armas nucleares.

Redação