Justiça

Juíza condenada a pena de prisão suspensa

Sessão de julgamento no Supremo Tribunal de Justiça, Lisboa ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O Supremo Tribunal de Justiça condenou a juíza desembargadora Joana Salinas a uma pena de dois anos e meio de prisão, suspensa por igual período, por peculato.

O tribunal condenou também uma advogada do Porto a um ano de prisão, também com pena suspensa.

A juíza, cujas funções na magistratura estão suspensas, fica ainda obrigada a entregar de 5.500 euros a Cáritas do Porto e a advogada Alexandra Sá a entregar dois mil euros, durante o prazo de suspensão da pena.

Joana Salinas estava acusada de peculato (utilização indevida de dinheiros públicos) por utilizar verbas da Cruz Vermelha de Matosinhos para pagar a advogados que lhe redigiam decisões judiciais.

O tribunal deu como provado que a magistrada, que continua a ser presidente da delegação de Matosinhos da Cruz Vermelha Portuguesa, pagou à advogada Alexandra Sá uma avença de 1.500 euros mensais para que esta estudasse e elaborasse acórdãos de processos da Relação do Porto.

No final do julgamento os advogados de Joana Salina e da causídica não prestaram declarações.

Redação